sexta-feira, setembro 20, 2013

MANUEL ALEGRE EM "ANDAM PELA TERRA OS POETAS" [CASINO FIGUEIRA]





«Manuel Alegre  no casino  com a "alma" e "raízes" da poesia
Cultura O poeta partilhou memórias, sentimentos, sítios, preferências e a paixão pelo país e pela língua de Camões»
                       Bela Coutinho  in Diário de Coimbra 12/09/2013


 «Foi uma noite de emoção. Para o poeta e para a assistência, amigos e admiradores de Manuel Alegre, que o quiseram ouvir, conhecer mais a fundo a sua obra, partilhar inquietações e interrogações quanto ao futuro deste país e, apesar do que apenas foi dito nas entrelinhas sentiu-se o “acto de soberania espiritual”, que é como o poeta classifica a poesia.
Esta sétima edição  de "Andam pela terra os poetas",  organização do Casino Figueira e da editora MinervaCoimbra,  contou ainda com as presenças de José Ribeiro Ferreira (professor catedrático jubilado da FLUC) Nicolau Santos (Jornalista e Director-Adjunto do Jornal Expresso) Vasco Pereira da Costa (escritor, professor aposentado do ensino secundário e superior,
ex-Director do Departamento de Cultura e Turismo de Coimbra
e ex-Director Regional da Cultura dos Açores) e com outra presença muito especial para o poeta, a sua filha Joana Alegre  (voz) e Miguel Picciochi (guitarra), que interpretou temas de seu pai, um deles com"ousadia".
“Estou comovido por ouvir pela 1ª vez a minha filha cantar em público poemas meus. Gostei de os ouvir e do arranjo que juntou dois poemas (situação, contou, que quase o levaram a zangar-se com Zeca Afonso), mas gostei muito do arranjo que ela fez” diria Manuel Alegre, ainda de voz embargada. Já mais recomposto, leu alguns poemas, um deles inédito. Mas perante o entusiasmo da plateia, partilhou outro “variações sobre o desconcerto do mundo” e mais outro "a dor" e outro ainda.
Depois, falou dos seus poemas preferidos, de amigos, de sítios que nunca esquecerá como Angola ou os Açores), da guerra , do país, deste país, que o faz ser "muito atlântico" e acima de tudo de poesia. “Escrever poesia é a afirmação da língua. Numa altura em que tudo se globaliza é um acto de afirmação, de resistência. A poesia está aquém e além da literatura e é uma relação mágica com o mundo”, diria.
Para trás ficava a intervenção de José Ribeiro Ferreira que se centrou na obra literária (poesia) de Manuel Alegre, que considerou ser “pessoa insatisfeita”, inquieta, sempre em busca de melhores condições”,  para o ser humano, pois “serve-se da poesia para dar voz a denúncias concretas”. Houve ainda a declamação impressionante de vários poemas por Vasco Pereira da Costa e por Nicolau Santos.

Os responsáveis pela iniciativa, Domingos Silva e Isabel Garcia enalteceram Manuel Alegre, que consideraram ser “um dos maiores poetas vivos portugueses”. »     Bela Coutinho,  in Diário de Coimbra 12/09/2013

 








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