sexta-feira, março 29, 2013

JOSÉ RIBEIRO FERREIRA, POETA CONVIDADO PARA A 3ª SESSÃO DE "ANDAM PELA TERRA OS POETAS"






 Decorreu com José Ribeiro Ferreira a 3ª sessão de poesia do ciclo  “andam pela terra os poetas” . José Augusto Cardoso Bernardes (professor catedrático da faculdade de letras da Universidade de Coimbra e Director da Biblioteca Geral da UC), falou do poeta e da sua obra. A apresentação e moderação esteve por conta de  João Luís Campos (Director Adjunto do Diário de Coimbra).
A Leitura de poemas foi feita por Carina Fernandes, Daniela Pereira, Margarida Cardoso e Pedro Sobral da Associação Cultural Thíasos . Ao piano esteve José Rolim. A sessão foi aberta e encerrada pelo Director do Casino Dr. Domingos Silva.
Numa organização MinervaCoimbra em parceria com Casino Figueira.




Para José Augusto Cardoso Bernardes «a poesia corresponde a  necessidades básicas da espécie humana. A poesia serve essencialmente para nos reconduzir à essência das "coisas"» .....e "a poesia ajuda-nos a alcançar a verdade escondida"». 
Questionando como José Ribeiro Ferreira cumpre a sua função de poeta, responde: "Ribeiro Ferreira estabelece um diálogo com a poesia antiga por formação académica e estabelece igualmente com alguns poetas gregos um diálogo". Para além das palavras na poesia de Ribeiro Ferreira terem uma conotação grega, a sua poesia reflecte-se de uma forma generosa, à imagem do seu autor que é um homem generoso e filantropo. O poeta demonstra uma preocupação ambiental que é transversal nos seus poemas. 
Entre outras perguntas João Luís Campos questionou o autor como, quando e porquê José Ribeiro Ferreira começou a escrever poesia dado que é um autor com mais de duas centenas de trabalhos publicados em Portugal e no estrangeiro entre livros, artigos em revistas e enciclopédias. A poesia saiu da gaveta em 1984 e este primeiro título intitulou-se Pesa o momento a eternidade. Seguiram-se mais nove títulos.

José Ribeiro Ferreira quando questionado por João Luís Campos sobre o que era afinal para ele a poesia respondeu:
«Para mim, o poema é laboração, trabalho, feitura», em busca «da perfeição, natural em todo o homem que nunca a encontra, mas não pode deixar de procurar». 

Reproduzimos a seguir a notícia de autoria do jornalista Jot’Alves publicada no Jornal as Beiras:

«PRODUZIR POESIA PELO PRAZER DE ESCREVER
O Poeta Ribeiro  Ferreira tem uma dezena de livros (de poesia)  publicados e outros “três ou quatro na gaveta”. O Professor catedrático jubilado da UC  foi o convidado do ciclo “ andam pela terra os poetas”, que mensalmente enche o salão caffé do casino figueira. Com poesia, música e declamações, numa parceria com a editora MinervaCoimbra.
Coube ao Figueirense José Bernardes, professor catedrático e director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, apresentar a obra do poeta convidado.
A primeira fase da poesia de Ribeiro Ferreira é marcada pela “tentativa de desocultar as coisas” e de “desfazer o fumo”, classificou. Ultimamente, porém, o poeta nascido em santo Tirso, “ tem-se manifestado pelo despojamento”.
Por outro lado, dá vida a uma “poesia a quatro”, na medida em que convoca amiúde o mar como elemento central da sua escrita. A par dos afectos, sustentados pelas dedicatórias que acompanham os seus poemas. Portanto, é, também, “uma poesia generosa”. E uma poesia que o tempo amadureceu marcada pelos poetas da Grécia clássica, que Ribeiro Ferreira tanto estudou e ensinou.  “Clube” dos Poetas Vivos
Ribeiro Ferreira continua a produzia “pelo prazer de escrever”, mas “muita fica na gaveta”.  E só sai de lá – se sair – depois de “muito limada”. O poeta, que fez vida profissional em Coimbra e que tem segunda habitação na Figueira da Foz, não gosta da fama. A propósito, disse: “as luzes da ribalta ofuscam-me e não deixam que o pensamento flua”.
O citado ciclo de poesia do Casino Figueira é um Clube de Poetas vivos, tendo em conta que convida autores portugueses contemporâneos.  A sessão da noite de terça-feira teve direito à publicação de uma antologia de Ribeiro ferreira, seleccionada pelo grupo Thíasos para “andam pela terra os poetas”. João Luís Campos moderou a tertúlia e José Rolim acompanhou, ao piano, a leitura de poesia.»
Jot’Alves In Jornal as Beiras, dia 28 de Março de 2013,  pág 10 (essencial região Figueira da Foz)

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