quarta-feira, fevereiro 27, 2013

ALBANO MARTINS RECEBEU O PRÉMIO "FRAY LUIS DE LEÓN DE POESIA IBERO-AMERICANA" NO CASINO DA FIGUEIRA] "ANDAM PELA TERRA OS POETAS"


Albano Martins

 Domingos Silva, Albano Martins e Alfredo Perez Alencart 



 Maestro Augusto Mesquita

Isabel Garcia, Albano Martins, Salvato Trigo, 
Alfredo Perez Alencart e Domingos Silva
«Andam pela Terra os Poetas» trouxe ao Casino Figueira, esta segunda feira, o consagrado autor e tradutor Albano Martins, para um serão de poesia, cultura, amizade e música.


Neste ciclo, promovido em parceria com a Editora Minerva Coimbra, o Casino Figueira propõe-se dar a conhecer ao grande público alguns dos maiores vultos da poesia portuguesa da actualidade.

Na segunda edição de «Andam pela Terra os Poetas» - verso do figueirense Carlos Carranca para uma música de João Moura celebrizada por Luiz Goes – coube a Maria Manuela Almeida, José Machado Lopes e Sansão Coelho a leitura de poemas de Albano Martins, em momentos acompanhados, ao piano, pelo carismático maestro Augusto Mesquita....


João Sansão Coelho, Maria Manuel Almeida e José Machado Lopes
João Rasteiro, Albano Martins, Alfredo Perez de Alencart e Jorge Fragoso
[Albano Martins recebeu Prémio «Fray Luis de León de Poesia Ibero-americana» no Casino Figueira

«Andam pela Terra os Poetas» trouxe ao Casino Figueira, esta segunda feira, o consagrado autor e tradutor Albano Martins, para um serão de poesia, cultura, amizade e música.
Neste ciclo, promovido em parceria com a Editora Minerva Coimbra, o Casino Figueira propõe-se dar a conhecer ao grande público alguns dos maiores vultos da poesia portuguesa da actualidade.
Na segunda edição de «Andam pela Terra os Poetas» - verso do figueirense Carlos Carranca para uma música de João Moura celebrizada por Luiz Goes – coube a Maria Manuela Almeida, José Machado Lopes e Sansão Coelho a leitura de poemas de Albano Martins, em momentos acompanhados, ao piano, pelo carismático maestro Augusto Mesquita.
À conversa com Isabel Garcia, da Minerva Coimbra, estiveram, para além do próprio poeta convidado, dois admiradores, leitores e estudiosos da sua obra: o reitor da Universidade Fernando Pessoa, Salvato Trigo, e o escritor, ensaísta e poeta peruano-espanhol, professor na Universidade de Salamanca, Alfredo Pérez de Alencart, que aproveitou a oportunidade para entregar a Albano Martins o Prémio Fray Luis de León de Poesia Ibero-americana, atribuído pela Fundación Salamanca Ciudad de Cultura y de Saberes.
Na alocução especialmente preparada para esta homenagem a Albano Martins no Casino Figueira, Salvato Trigo sublinhou “coincidência perfeita” de se ter agendado para o mês em “Estão Ainda Floridas as Magnólias” este tributo ao autor do livro com o mesmo poético título. Nesta obra, acrescentou, pode encontrar-se um poema que é “a síntese perfeita da obra poética de Albano Martins: «Se ao princípio era o verbo / Ao fim, ainda que o não queiras / será o silêncio»”. É assim, prosseguiu, “na exaustão semântica da palavra, dizendo o indizível e inexprimindo o exprimível”, que a poesia de Albano Martins se constrói, fundindo “a alma e o corpo, o dizer e o sentir”. Este “artífice da palavra”, cuja poesia “reverbera no silêncio” depois de o último som se extinguir, domina “ritmo, metáfora e símbolo”, e até quando traduz “é um poeta”, isto é, alguém que compreende que “a poesia é a linguagem dos deuses, do saber e do sonho”.
Ao longo da noite, entremeada pela leitura de alguns dos mais belos textos de Albano Martins, o poeta falou sobre o seu percurso, dos “pseudo-poemas rimantes” do início da adolescência às mais complexas traduções de clássicos gregos. “Passamos a vida toda a escrever o mesmo livro”, admitiu, considerando que, apesar das mais de 30 obras publicadas, ainda tem muito para escrever. “Terei dito muito pouco, quase nada, com os livros que publiquei”, afirmou o poeta. “Buscamos todos o essencial, não o acessório nem o fortuito. A minha poesia também é assim”, concluiu.
O poeta encerrou a noite sublinhando que “a poesia é, pode e deve ser um factor de união entre pessoas e povos, abolindo fronteiras, as reais ou as construídas”. É esta «ponte», que na segunda edição de «Andam pela Terra os Poetas» teve um sabor e saberes ibéricos, que o Casino Figueira se orgulha de contribuir para erigir e abrir à comunidade.
A 26 de março o ciclo dedicado à poesia regressa com José Ribeiro Ferreira, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e um poeta que vale a pena conhecer ou reencontrar. ]
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