terça-feira, julho 27, 2010

CÍRCULO DE LUZ de AMÉRICO TEIXEIRA MOREIRA


CÍRCULO DE LUZ

O  mais recente livro de poesia de Américo Teixeira Moreira com chancela das Edições MinervaCoimbra será apresentado em Setembro.

Américo Teixeira Moreira
Nasceu em São Cosmado, vila dividida entre vales do Douro e o planalto beirão.

Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas. É doutorando em psicopedagogia na Universidade Pontifícia de Salamanca onde se mestrou, desperta para a escrita ainda muito jovem, nomeadamente através da sua participação em diversos jornais regionais.

Professor de Português, sempre manifestou profundas preocupações com o estado da Educação em Portugal, contribuindo com artigos sobre o insucesso escolar no interior do País e sobre a Escola como espaço gerador de sucesso cultural e social, publicados nos jornais Região de Basto e A Página .

Cofundador da “Rádio Onda Livre”, aí manteve um programa semanal de duas horas. Posteriormente, foi colaborador da “Rádios do Porto Reunidos” e da “Rádio Aves” , apresentando programas dedicados especificamente à Cultura de Expressão Portuguesa, nas suas diversas componentes.

Em 1997, foi-lhe atribuído, no Brasil, o terceiro lugar, na categoria de poesia, no Concurso Internacional “Mulher em Prosa & em Verso”, com o texto Carta para uma Mulher sem Idade, Hora, Local, Raça ou Cor.

Nesse mesmo ano, foi eleito membro honorário da Academia Luso-Brasileira de Letras.
(…)

Em 2001, foi-lhe atribuído o titulo de Membro Honorário da Academia Metropolitana de Poesia de Raul de Leoni e, em 2002, foi-lhe conferido o diploma Honorário da Academia Brasileira de Literatura.

É membro da APE, da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e da Associação Cultural SOL XXI.

Tem várias obras publicadas, artigos e trabalhos. Foi colaborador do Suplemento de Arte e Cultura do jornal O Comércio do Porto, de algumas revistas literárias, tais como Nova Renascença, Escritor e Atlântida e de alguns jornais regionais, onde publicou contos dispersos e artigos de temas variados.

Em 1986, publicou o livro de poemas Organização do Caos e, em 1987, foi distinguido com o prémio “Antero de Quental”, da Secretaria Regional de Educação e Cultura dos Açores , com o livro Visões de Bruma.

Em 1992, numa edição da Câmara Municipal de Santo Tirso, deu à estampa mais um livro de poesia, intitulado Labirintos da Metamorfose.

Em 1995, editou, sob a chancela da Editora MinervaCoimbra, Deambulações & Viagens, tendo sido galardoado com o Prémio Fernando Namora. Em 1996, 1997 e 2002, publica respectivamente: Ambíguo Modo, Secretos Círculos e Vértice da Sombra e ainda Por detrás dos teus Olhos (2003)
e Enigmático Fogo (2004).

No ano de 2005 editou o “O Corpo Restituído” e “ Concerto a Quatro Mãos”.

Em 2006 e 2007, a Editora Ausência reedita a 2ª e a 3ª edição do “O Corpo Restituído”.

AO SERVIÇO DA DIDÁCTICA DA HISTÓRIA de OCTÁVIO AMADO FERREIRA



OCTÁVIO AMADO FERREIRA acaba de publicar "AO SERVIÇO DA DIDÁCTICA DA HISTÓRIA - trabalhos de apoio ao ensino da história"

"O autor, ao longo da sua carreira de docente ao serviço da História, deparou-se com uma escassa existência de publicações na área da Didáctica da História, para além de reduzidas acções de formação ou de cursos de especialização nesta importante área pedagógica.
Assim nasceu este livro Ao serviço da Didáctica da História -Trabalhos de Apoio ao Ensino da História que (…) “oferece ao leitor um exemplo claro de riqueza da multidisciplinariedade que respira a própria área escolar e científica em referência.

Com efeito, o Autor conduz-nos por um interessante e diversificado percurso de momentos literários, que vão desde os trabalhos de investigação e as monografias de índole histórica – no contexto universal nacional, regional e local - até ao teatro; passando pelo ensaio em torno de um conjunto variado de problemas e desafios que se têm apresentado à Didáctica da História, mormente, à sua aplicabilidade prática em ambiente escolar pró-activo e interactivo…”.

(…) “Na perspectiva do jurista – e praticamente leigo nos domínios temáticos e científicos versados nesta obra -, resta-nos chamar a atenção, por um lado, para o espírito de Cidadania e de Amor que o Autor tão louvavelmente promove; por outro, para a escrita que utiliza – sobretudo, nos textos de produção histórica e teatral -, revelando um estilo muito próprio, vivo e emocionante, como que convidando o leitor a observar ou a viver os eventos que vai narrando ou representando.

História, ciência, drama, romance, comédia…, enfim, tantos e tão bons momentos numa obra só, mas voltados para um público que se imagina tão diversificado quanto voraz pelo conhecimento.”

Francisco Amado Ferreira
(In Prefácio)

Octávio Amado Ferreira é licenciado em História e Filosofia com diversas especializações no âmbito da Didáctica da História tirados na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Leccionou todos os níveis do 3º Ciclo do Ensino Básico e diferentes programas do Ensino Secundário, desde o 10º ao 12º anos (mais recentemente História A e História C). Exerceu os cargos de representante da área disciplinar de História; coordenador de ano; coordenador dos directores de turma do 3º ciclo; coordenador do centro de recursos e de biblioteca; director de turma do 3º Ciclo e do Ensino Secundário; coordenador de clube de rádio. Foi também, por diversas vezes corrector de exames nacionais do 12 º Ano; durante seis anos pertenceu ao secretariado de exames; colaborou em anteriores projectos educacionais e foi colaborador e participante em vários projectos educativos.

Foi participante e organizador das Escolíadas de 2002, tendo sido membro do júri das mesmas, convidado pela DREC, em 2003. participou em inúmeras acções de formação. Ao longo da sua carreira profissional organizou inúmeras visitas de estudo, acções de formação e palestras nas mais diversas áreas do saber.

domingo, julho 18, 2010

RENATO e ZÉ LOPES na Galeria Minerva


       

Renato e Zé Lopes inauguraram a sua habitual exposição de pintura de Verão na Galeria Minerva,
em Coimbra. Para visitar até 30 de Agosto de 2010.
           
Renato [José Renato Barreira Dias Ribeiro] nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1949. É pintor e escultor. Estudou desenho e escultura no atelier dos escultores Vasco Pereira da Conceição e Maria Barreira. Frequentou até ao 3.º ano o curso de Teatro e Encenação, no Conservatório Nacional de Lisboa. Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP), Lisboa. É sócio da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Fez várias ilustrações para a revista “Noesis” do Ministério da Educação e para a revista “Atlantis” da TAP. É membro fundador do “Grupo de Artes Plásticas de Pontével”.    
Zé Lopes [Maria José da Conceição Vicente Lopes Dias Ribeiro] nasceu em Pontével a 2 de Fevereiro de 1949. É pintora de Arte. Frequentou, em 1967 a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Conservatório Nacional – Curso de Arte de Representar e Encenação, onde concluiu o Curso de Arte de Dizer.
Em 1969, orientada pelo pintor Renato Ribeiro, com quem veio a casar, começou a dedicar-se à pintura. Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP) – Lisboa.
É sócia da Sociedade Nacional de Belas-Artes e está representada em vários lugares públicos e privados do país e em colecções particulares. É membro do Grupo de Artes Plásticas de Pontével. Pertence ao MAC (Movimento Artístico de Coimbra) e é autora do brasão da vila de Pontével.


terça-feira, julho 13, 2010

MEMÓRIA DAS OPOSIÇÕES [1927-1969] - Coordenação de HELOISA PAULO


ACABA DE SAIR




MEMÓRIA DAS OPOSIÇÕES (1927-1969) - Coordenação de HELOISA PAULO
Nº 29 da Colecção Minerva-História dirigida por Luís Reis Torgal

Autores:

Armando Malheiro da Silva
Doutorado História Contemporânea de Portugal pela Universidade do Minho, é Professor Associado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Pertence ao Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Universidade de Coimbra desde a sua fundação.

Augusto Monteiro Valente
Major-General do Exército, na situação de reserva. Licenciado em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é Investigador associado do Centro de Documentação 25 de Abril, sendo autor da obra “General Sousa Dias – Militar, Republicano, Patriota”.

Camilo Mortágua
Participante do Assalto ao Santa Maria, foi um dos elementos mais activos da LUAR, Liga Unificada de Acção Revolucionária. Actualmente é Presidente do Conselho de Administração da APURE – Association pour les Universités Rurales Européennes.

Eugénio de Oliveira
Participante da Revolta de Beja foi condenado pelo regime de Salazar, cumprindo seis anos de prisão. É Coronel da Reserva do Exército.

Heloisa Paulo
Doutorada pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, tendo sido uma das suas fundadoras. Estudiosa do Estado Novo e do salazarismo, possui estudos no âmbito da propaganda, do cinema, emigração e da oposição.

João Madeira
É Mestre em História Contemporânea dos Séculos XIX e XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Sendo Investigador do Instituto de História Contemporânea, FCSH/UNL e Colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Universidade de Coimbra.
Luis Bigotte Chorão
Doutor em História Contemporânea, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Universidade de Coimbra.

Luís Farinha
Doutor História Política e Institucional Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É investigador no Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Manuel Pedroso Marques
Participante da Revolta de Beja, esteve refugiado na Embaixada do Brasil, partindo daí para o exílio, sendo activo membro da oposição exilada. É Coronel da Reserva do Exército

Susana Martins
Mestre em História Contemporânea dos Século XX pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Prepara o doutoramento sobre a Frente Patriótica de Libertação Nacional.

O Livro:
Esta obra reúne os textos das comunicações apresentadas em dois colóquios organizados pelo Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra nos anos de 2007 e 2008.

O motivo do primeiro encontro foi a comemoração dos 70 anos da Revolução de Fevereiro de 1927, o primeiro movimento militar contra a ditadura imposta pelo 28 de Maio. O segundo colóquio seguiu o mesmo intuito do primeiro, ou seja, resgatar a memória da oposição a ditadura e ao salazarismo, avançando na linha temporal e deixando para a história futura do movimento oposicionista no Portugal salazarista os depoimentos de alguns dos seus mais destacados combatentes, Eugénio de Oliveira, Manuel Pedroso Marques e Camilo Mortágua. Entre os dois momentos, a semelhança da tentativa de uma acção concertada entre os militares, a grande questão da participação directa ou não de civis, os imprevistos e a falta de resposta de outros sectores militares, ou ainda, civis, o exílio e a repressão brutal contra aqueles que se dignaram a lutar e a combater na defesa de um ideal democrático.

segunda-feira, julho 12, 2010

EXPOSIÇÃO de RENATO e ZÉ LOPES



CONVITE

A Galeria Minerva tem o prazer de convidar para a inauguração
da exposição de Pintura de

Renato  e   Zé Lopes

dia 16 de Julho pelas 18h30.

A exposição pode ser visitada até dia 30 de Agosto,
na Galeria Minerva,
 Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos), em Coimbra.


Renato [José Renato Barreira Dias Ribeiro] nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1949. É pintor e escultor. Estudou desenho e escultura no atelier dos escultores Vasco Pereira da Conceição e Maria Barreira. Frequentou até ao 3.º ano o curso de Teatro e Encenação, no Conservatório Nacional de Lisboa. Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP), Lisboa. É sócio da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Fez várias ilustrações para a revista “Noesis” do Ministério da Educação e para a revista “Atlantis” da TAP. É membro fundador do “Grupo de Artes Plásticas de Pontével”.
É ainda autor das bandeiras da Sociedade Filarmónica e do Centro de Dia de Pontével e está representado na colecção da Câmara Municipal do Cartaxo, tendo participado na II Mostra Colectiva do Património Municipal em 1993  Com um vasto curriculum está representado em várias colecções nacionais e estrangeiras  tendo participado em mais de uma centena de exposições colectivas por todo o país e estrangeiro.
Pertence ao MAC (Movimento Artístico de Coimbra) e é sócio da GEDEPA, estando representado no Museu Etnográfico da Vila de Pampilhosa (Mealhada).

Zé Lopes [Maria José da Conceição Vicente Lopes Dias Ribeiro] nasceu em Pontével a 2 de Fevereiro de 1949. É pintora de Arte. Frequentou, em 1967 a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Conservatório Nacional – Curso de Arte de Representar e Encenação, onde concluiu o Curso de Arte de Dizer.
Em 1969, orientada pelo pintor Renato Ribeiro, com quem veio a casar, começou a dedicar-se à pintura. Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP) – Lisboa.
É sócia da Sociedade Nacional de Belas-Artes e está representada em vários lugares públicos e privados do país e em colecções particulares. É membro do Grupo de Artes Plásticas de Pontével. Pertence ao MAC (Movimento Artístico de Coimbra) e é autora do brasão da vila de Pontével.
Com um vasto curriculum está representada em várias colecções nacionais e estrangeiras tendo participado em mais de uma centena de exposições  colectivas por todo o país e estrangeiro.

Maria José Lopes (poeta)
Começa a escrever poesia ainda criança . Publica o primeiro livro de poesia — “Voo do Poeta” (Edição de Autor) — em Maio de 1966, quando ainda frequentava o Colégio Andaluz em Santarém . Em Junho de 1970, já casada com o pintor Renato, publica o segundo livro de poesia — “O Anjo Azul” (também Edição de Autor) . Em Abril de 2006 é editado, pelas Edições MinervaCoimbra, o seu terceiro livro de poesia — “Reciclados”  e em Agosto de 2008 "Barras de Código". Continua a escrever poesia.

domingo, julho 11, 2010

VOCABULÁRIO DE P. RICOEUR de OLIVIER ABEL e JÉRÔME PORÉE [acaba de sair]




Tradução Portuguesa coordenada por:
Maria Luísa Portocarrero F. Silva e Luís António Umbelino

Colaboraram na presente tradução:  Alexandre Franco de Sá, Diogo Falcão Ferrer, Fernando Saldanha, José Alves Jana, Luís António Umbelino, Manuel Judas, Maria Luísa Portocarrero F. Silva, Nuno Ricardo, Stella Azevedo


"A publicação da tradução da obra Le vocabulaire de P. Ricoeur, de Jérôme Porée et Olivier Abel, que vem agora a público, corresponde a uma das realizações da programação de actividades do projecto de investigação «A racionalidade hermenêutica: entre afectividade e norma» (Unidade I&D LIF,Coimbra). (...)

Estamos convencidos que uma das tarefas da filosofia dos dias de hoje é a análise e esclarecimento de conceitos. O texto que ora se apresenta corresponde a um trabalho de retroversão e discussão dos grandes temas da filosofia de P. Ricoeur, feito com a equipa de doutorandos do projecto «A racionalidade hermenêutica». Pensamos que o seu público fundamental será constituído pelos alunos de Filosofia, de Literatura, de Psicologia e de Sociologia e todos aqueles que pretendem estudar ou conhecer o pensamento de P. Ricoeur."

                                       Maria Luisa Portocarrero F. Silva

sábado, julho 10, 2010

ROTA SEM FIM de ROGÉRIO SEABRA CARDOSO[apresentação em Coimbra]



 
ROTA SEM FIM
 
de Rogério Seabra Cardoso com chancela da Editora Areias do Tempo
foi recentemente apresentado, na Livraria Minerva, em Coimbra.

A sessão foi inicida por Nuno Gandra (editor) e
apresentação foi feita de uma forma eloquente
pelo Prof. Doutor Mauel Alte da Veiga que referiu o prazer redobrado
que teve em prefaciar esta obra e também apresentá-la.

O autor tendo sido o último interveniente respondeu ainda a algumas questões
e reflexões colocadas pelos presentes.

A terminar foram interpretadas duas peças (flauta transversal) por  Diogo Alte da Veiga.

Sendo este um livro sobre a guerra colonial (Moçambique 1972-1974)
Alte da Veiga evocou a beleza africana: os espaços, as cores, os cheiros,
mas também a autenticidade e simplicidade das pessoas que lá habitavam.
Autenticidade e simplicidade "para o bem e para o mal".


AV voltou a referir que este livro "é uma história em cenário de guerra, onde não se defendem preconceitos nem ideologias, mas se exibe o emaranhado das relações e sentimentos humanos. Onde o que é bom e o que é mau aparecem nas suas cores, sem se porem armadilhas ao pensamento do leitor."


E sublinhou o que anteriormente tinha afirmado:
"Um livro cativante como um filme – mas que pode ser lido aos bocadinhos, como quem se dá tempo para uma boa conversa ou uma pequena aventura. Porque é fascinante e nos deixa pensar."


sábado, julho 03, 2010

ROTA SEM FIM de ROGÉRIO SEABRA CARDOSO [10 de Julho,18H00, em Coimbra]


CONVITE

A Editora Areias do Tempo e o Autor têm o gosto de convidar para
a apresentação do livro
ROTA SEM FIM

de Rogério Seabra Cardoso

A apresentação será feita pelo Prof. Doutor Manuel Alte da Veiga.

A sessão realiza-se no próximo sábado, dia 10 de Julho, pelas 18horas,
na Livraria Minerva, Rua de Macau, 52, em Coimbra.


(Moçambique 1972-1974)

O livro
"Este prefácio nasceu das notas sugeridas pela leitura do que ainda não passava de rascunho em forma final. Foi uma leitura lenta, porque as cenas eram suficientemente vivas para se poder ficar a saboreá-las, como faria um mirone discretamente numa mesa de café (eu próprio me poderia rever a desempenhar esse papel, durante a minha missão no norte de Moçambique, também como oficial da recém criada «Acção psicológica»).

É de facto um relato invulgar da nossa recente presença militar em África, sempre em simbiose com a vida civil. Para além do estilo agradável e directo, da riqueza descritiva de paisagens, personagens, do envolvimento cultural e de conflitos de ordem vária, esta obra apresenta a rara virtude, em publicações do género, de não se deixar levar por preconceitos políticos, morais e culturais. Aqui, não há «os bons e os maus», mas apenas, de vez em quando, o honesto sentimento de agrado ou desagrado perante o que se passa – e mesmo estes sentimentos surgem como traços descritivos de qualquer um dos actores em cena. O leitor segue histórias reais e não manipuladas por interesses partidários ou mediáticos (como o de escrever só aquilo que agrada mais ou vende melhor…).

É comum dizer-se «a obra que faltava». Mas que é que mais falta nos nossos dias do que a independência e sinceridade de juízo, atento às mais antagónicas perspectivas no campo das ideias e no campo do dia-a-dia?

Não é mais um livro para «dourar» uma perspectiva histórica: é um diálogo saboroso, culto e pensado, feito por quem domina a arte literária e o enquadramento histórico-social de uma guerra em que o bem e o mal estão presentes, onde quer que haja seres humanos.

Os conflitos económicos e políticos surgem em cena bem «ao vivo», como que «sentidos na pele». Quase podemos andar aos encontrões com os diversos tipos de militares, comerciantes, civis… seja qual for a sua raça, sejam «os de Lisboa» ou «os da terra»… quer nas situações comezinhas quer nas heróicas e revoltantes. Espreitamos convívios de bares e amores, cenas de degradação moral e arrogância, jogos de manipulação, atitudes de crueldade – mas também de bom senso, de apreço genuíno pela dignidade e qualidades de cada pessoa seja qual for o campo em que joga, e de como é pernicioso perder-se a confiança uns dos outros.

A cobardia e heroísmo não se escondem, como não se escondem o oportunismo e o sentido da vida como missão, a mentira e a autenticidade.

É pois uma história em cenário de guerra, onde não se defendem preconceitos nem ideologias, mas se exibe o emaranhado das relações e sentimentos humanos. Onde o que é bom e o que é mau aparecem nas suas cores, sem se porem armadilhas ao pensamento do leitor.

Aqui, temos tempo para sentir os aspectos de um terreno de guerra, podemos voltar atrás e olhar mais uma vez, e pensar mais profundamente no que vale um ser humano, seja «dos nossos» ou «dos outros» (os únicos inimigos são os que se servem das vidas humanas).

Por tudo isto, foi um prazer e uma honra poder prefaciar esta obra.

Um livro cativante como um filme – mas que pode ser lido aos bocadinhos, como quem se dá tempo para uma boa conversa ou uma pequena aventura. Porque é fascinante e nos deixa pensar."

           In Prefácio de MANUEL ALTE DA VEIGA


O Autor
ROGÉRIO SEABRA CARDOSO
Nasceu em 1943, em Viseu. Entre 1961 e 1962, frequentou a Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa, e, em 1963, licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica. Foi redactor na Repartição de Estudos e Publicações, do Secretariado Nacional de Informação e Turismo. Colaborou em algumas publicações como o Panorama e o Observador, semanário da Editorial Verbo. Estas actividades foram interrompidas pelo serviço militar (Julho de 1971) e mobilização para Moçambique (Março de 1972) como oficial miliciano com especialidade de Acção Psicológica. Durante a comissão de serviço, recebeu louvor publicado pelo Comando da ZOT (Maio de 1973). Regressado a Lisboa (Junho de 1974), coordenou o grupo que criou o Centro de Documentação do Ministério da Comunicação Social.

Em 1992, requisitado para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para a Direcção dos Serviços de Documentação, Biblioteca, Arquivo Histórico e Gabinete de Segurança, elaborou estudos sobre aspectos da actividade assistencial da SCML, ao longo dos seus cinco séculos, que resultaram na publicação da obra Provedores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: 1851-1998, e de artigos nas revistas Cidade Solidária e Santa Casa.

Pós-graduado em Ciências Documentais (UAL), foi formador da Direcção Geral da Administração Pública. Entre 1974 e 1977, leccionou nas Escolas Comerciais Ferreira Borges e Machado de Castro e, entre 1986 e 1988, foi professor de Técnicas Especiais (jornalismo) na Escola Secundária de Cascais. Aposentou-se em 2004. Vive em Viseu, onde assegura os trabalhos agrícolas da pequena quinta da “Eira Velha”.