quarta-feira, julho 15, 2009

Carlos Costa Almeida lançou “Farpas pela nossa Saúde”


Manuel Antunes, Carlos Costa Almeida, Fernando Gomes,
António Arnaut e Isabel de Carvalho Garcia


“Farpas pela nossa Saúde” é o título do livro de crónicas da autoria de Carlos Costa Almeida lançado esta semana pelas Edições MinervaCoimbra, com apresentação de António Arnaut e Manuel Antunes, e numa sessão presidida por Fernando Gomes, membro da direcção da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos. A obra tem prefácios de Paulo Mendo e Armando Gonsalves e reúne várias crónicas publicadas noutros tantos órgãos de comunicação ao longo dos últimos anos, num conjunto de textos críticos, mas positivos, em relação às várias políticas de Saúde nacionais.

Um livro que, segundo António Arnaut, reflecte a visão de “uma pessoa experimentada” na área da saúde, mas especialmente “uma visão das Carreiras Médicas hospitalares”. Um livro crítico “a favor do Serviço Nacional de Saúde” que, tal como também refere Paulo Mendo no prefácio, “denuncia umas quantas falsas verdades que por aí correm”.

Manuel Antunes, por seu turno, salientou os vários assuntos abordados nas crónicas de Carlos Costa Almeida, reconhecendo que, “neste país de brandos costumes, à beira mar plantado”, a Saúde “não pode deixar de ser o que é”. Admitindo não gostar muito dos hospitais empresa, o cirurgião dos HUC afirmou, no entanto, que a palavra empresarialização poderá ser um instrumento bom na gestão dos hospitais. “Nós temos de gerir os hospitais, e também os nossos serviços, como se fossem uma empresa — com uma ideia das despesas, da contenção, ou da racionalização, dos custos e da maximização das receitas, se necessário”.

Em tempos mais ou menos conturbados para a saúde nacional, Carlos Costa Almeida manteve sempre uma postura crítica em relação às políticas seguidas pela tutela, nomeadamente quando o Governo determinou a extinção das Carreiras Médicas.

Confessando o orgulho sentido por ver, ao longo das últimas décadas, “uma medicina portuguesa de qualidade, evoluindo a par da dos países nossos congéneres, não nos deixando de modo algum envergonhados ou diminuídos quando visitamos centros estrangeiros de maior diferenciação ou experiência, ou neles estagiamos”, o presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Carreira Hospitalar considera que “o SNS, as Carreiras Médicas e os Internatos constituem sem sombra de dúvida a maior e melhor realização dos governos pós-25 de Abril, e a mais duradoura, iniciada por um Governo e compreendida, mantida e desenvolvida pelos seguintes”.

O conjunto dos vários artigos que agora juntou em livro, resulta numa visão global do que se tem passado ultimamente nos hospitais portugueses – “visão pessoal, obviamente, mas totalmente apoiada em factos reais e incontroversos” – e das suas consequências, as presentes e as previsíveis. “É um ponto da situação, num momento de mudança e de turbulência na área da saúde, são chamadas de atenção às vezes aguçadas, mas que devem ser encaradas sempre como positivas, já que pretendem acima de tudo que o caminho seguido na saúde e nos hospitais seja o mais correcto”.

Carlos Manuel Costa de Almeida é Chefe de Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar de Coimbra (Hospital dos Covões), faz parte do Conselho Nacional para a Pós-Graduação da Ordem dos Médicos, é professor da Faculdade de Medicina de Coimbra e do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Carreira Hospitalar.















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