sexta-feira, julho 25, 2008

Poesia de Maria José Lopes e pintura de Renato e Zé Lopes na Minerva

Ponto

Ali entre o céu e o mar,
Ali entre a terra e o céu,
Entre o sol e o luar,
Ali entre, fico eu.

Maria José Lopes
"Barras de Código"




As Edições MinervaCoimbra lançaram recentemente o 53.º volume da Colecção Poesia Minerva, intitulado “Barras de Código”, da autoria de Maria José Lopes. Na mesma ocasião foi inaugurada uma exposição de pintura de Renato e Zé Lopes.

Regina Rocha apresentou o livro, considerando que “não se trata de um qualquer livro de poesia, não é uma obra de experiência, mas sim uma obra de mestria”. “Barras de Código” é, afirmou, uma obra com “poemas belos, uma poesia superior, mítica, com ritmo e sonoridade que lembra Almada Negreiros ou João de Deus”.

Usando uma expressão de Manuel da Fonseca — “o poeta tem olhos de água para reflectir todas as cores do mundo” —, Regina Rocha referiu ainda que, mesmo não se sabendo que Maria José Lopes é pintora (sob o nome Zé Lopes), “ao ler-se a poesia dela vê-se que é pintora já que a sua poesia demonstra uma apreensão subtil de cor e de forma”.

O que sobressai na poesia de Maria José Lopes é “o ritmo e a sonoridade das imagens e sua subtileza”. A sua é uma “poesia pura porque não nos diz, sugere”.

Também Isabel de Carvalho Garcia, se congratulou por mais esta obra de Maria José Lopes e por mais uma exposição de Renato e Zé Lopes que, desde há alguns anos a esta parte, estão presentes na Galeria Minerva sempre nesta altura do ano. A editora confessou ainda ser um privilégio contar com a presença de Regina Rocha na sessão.

No final, antes de Renato falar da sua pintura e da pintura de Zé Lopes, que considerou ter um “dramatismo extraordinário”, José Machado Lopes, do Movimento Artístico de Coimbra que os dois artistas integram, recordou a sua recente presença em França, no Salão Internacional de Bordéus, e entregou a cada um o diploma comprovativo dessa participação.

Foi, tal como Maria José Lopes (ou Zé Lopes) considerou, “uma festa da cor e da poesia”.









Maria José da Conceição Vicente Lopes Dias Ribeiro (Maria José Lopes) nasceu em Pontével (Ribatejo), a 2 de Fevereiro de 1949 . Começa a escrever poesia ainda criança . Publica o primeiro livro de poesia — “Voo do Poeta” (Edição de Autor) — em Maio de 1966, quando ainda frequentava o Colégio Andaluz em Santarém . Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Conservatório Nacional - Curso de Arte de Representar e Encenação, onde concluiu o Curso de Arte de Dizer . Em Junho de 1970, já casada com o pintor Renato, publica o segundo livro de poesia — “O Anjo Azul” (também Edição de Autor) . Em Abril de 2006 é editado, pelas Edições MinervaCoimbra, o seu terceiro livro de poesia — “Reciclados” . Continua a escrever poesia . É pintora de Arte (Zé Lopes)



















José Renato Barreira Dias Ribeiro (Renato) nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1949 . É pintor e escultor . Estudou desenho e escultura no Atelier dos Escultores Vasco Pereira da Conceição e Maria Barreira . Frequentou até ao 3.º ano o curso de Teatro e Encenação, no Conservatório Nacional de Lisboa . Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP), Lisboa . É sócio da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Fez várias ilustrações para a revista “Noesis” do Ministério da Educação e para a revista “Atlantis” da TAP . É membro fundador do “Grupo de Artes Plásticas de Pontével” . Está representado em vários lugares públicos e privados do país e em colecções particulares . Está representado com trabalhos de escultura na discoteca “Hora H”, na Praia da Rocha (Algarve), na discoteca “Vai de Rastos” (Cartaxo), no “Salão Quinta Nova” (Pernes), no bar “Toma Lá Noite” (Aveiras de Cima) . Está representado com trabalhos de pintura no restaurante “Charrette” (Pontével) e na discoteca “Horta 2” (Portimão) . É autor das bandeiras da Sociedade Filarmónica e do Centro de Dia de Pontével . Está representado na colecção da Câmara Municipal do Cartaxo, tendo participado na II Mostra Colectiva do Património Municipal em 1993 . Em 1994, integrado na Eco Cartaxo’94 (na qual colaborou) expõe escultura, pintura, desenho e é autor do painel de fundo . Em 1996 (a 1 de Junho) participou nas actividades do Dia Mundial da Criança em Constância – organização da Comissão Concelhia de Educação, a convite da Câmara Municipal . Pertence ao MAC (Movimento Artístico de Coimbra) Participou em mais de 80 Exposições Colectivas em vários locais, como por exemplo: • Casa do Ribatejo (Lisboa) – 1995 • Sociedade Nacional de Belas-Artes (Lisboa) – de 1995 a 1999 e de 2001 a 2006 • Biblioteca Municipal de Constância – 1996 • Galeria Municipal (Sala Pintor José Tagarro), Cartaxo – 1983, 1991 e de 1993 a 1997 • Galeria Municipal Maria Cristina Correia (Gerardo da Maia), Azambuja – 1997 • Antiga Biblioteca Municipal de Constância – 1997 • Fórum Mário Viegas (Salão de Outono 88), Santarém – 1988 • Galeria Minerva, Coimbra – de 2001 a 2007 (Exposições conjuntas com Zé Lopes) • Casa Municipal da Cultura, Coimbra – MAC 2003, 2004, 2005, 2006 • Biblioteca Municipal de Tomar – 2004, 2005 (conjuntas com Zé Lopes)


Maria José da Conceição Vicente Lopes Dias Ribeiro (Zé Lope) nasceu em Pontével a 2 de Fevereiro de 1949 . É pintora de Arte . Frequentou, em 1967 a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Conservatório Nacional – Curso de Arte de Representar e Encenação, onde concluiu o Curso de Arte de Dizer . Em 1969, orientada pelo pintor Renato Ribeiro, com quem vem a casar, começa a dedicar-se à pintura . Cursou Arte dos anos 60, 70, 80, do Centro de Arte Moderna (CAM/JAP) – Lisboa. É sócia da Sociedade Nacional de Belas-Artes . Está representada em vários lugares públicos e privados do país e em colecções particulares . É membro do Grupo de Artes Plásticas de Pontével . Está representada na colecção da Câmara Municipal do Cartaxo, tendo participado da II Mostra Colectiva do Património Municipal em 1993 . Em 1994, integrada na Eco Cartaxo’94 (na qual colaborou) expõe pintura, desenho . A 1 de Junho de 1996, a convite da Câmara Municipal de Constância, participou nas actividades do Dia Mundial da Criança, em Constância – organização da Comissão Concelhia de Educação . Pertence ao MAC (Movimento Artístico de Coimbra) Participou em cerca de 80 Exposições Colectivas em vários locais, como por exemplo: • Casa do Ribatejo (Lisboa) – 1995 • Biblioteca Municipal de Constância – 1996 • Galeria Municipal (Sala Pintor José Tagarro), Cartaxo – 1983, 1991 e de 1993 a 1997 • Galeria Municipal Maria Cristina Correia (Gerardo da Maia), Azambuja – 1997 • Biblioteca da Junta de Freguesia de Pontével (integrada nas Comemorações dos 800 anos do 1.º Foral – 1994 • Antiga Biblioteca Municipal de Constância – 1997 • Sociedade Nacional de Belas-Artes (Lisboa) – 1999 e de 2001 a 2006 • Galeria Minerva, Coimbra – de 2001 a 2007 (Exposições conjuntas com Renato) • Casa Municipal da Cultura, Coimbra – MAC 2003, 2004, 2005, 2006 • Biblioteca Municipal de Tomar – 2004, 2005 (conjuntas com Renato)






segunda-feira, julho 21, 2008

Poesia e Pintura na Galeria Minerva

O lançamento do livro de Maria José Lopes
e a inauguração da exposição de pintura
de Renato e Zé Lopes
foram adiados para a próxima SEGUNDA FEIRA,
dia 21 DE JULHO, à mesma hora.
Pedimos desculpa pelo incómodo.


sábado, julho 19, 2008

FESTAS DE S. TOMÉ - XI SEMANA CULTURAL

As Edições MinervaCoimbra vão estar presentes na GRANDE NOITE DE FADO & POESIA que decorrerá no dia 19 de Julho, pelas 23h00, no Terreiro do Paço, em Ançã.

A iniciativa é uma organização da Junta de Freguesia de Ançã com o alto patrocínio do Município de Cantanhede.

Estarão presentes as poetisas ANABELA FRANÇA PAIS, GRAÇA PATRÃO e ISABEL RAINHA que lerão poesia de sua autoria.


ANABELA FRANÇA PAIS nasceu em coimbra a 24 de Junho de 1971. É professora de inglês e português. Possui o mestrado em literatura portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Reside em Ceira, vila que inspira alguns dos seus poemas.
Publicou "MENSAGENS - POEMAS DO SIM, DO NÃO E DO TANTO FAZ", com chancela da MinervaCoimbra, 2006.


GRAÇA PATRÃO nasceu em Coimbra a 21 de Novembro de 1948. Nesta cidade frequentou o "Círculo de Artes Plásticas", tendo feito a sua primeira exposição em 1964. Também aqui estudou Filosofia, área em que se licenciou, tendo começado uma carreira de professora no ensino secundário em 1972. Actualmente é professora de Filosofia na Escola Secundária Amélia Rey Colaço, em Linda-a-Velha, onde coordena um projecto de azulejaria que tem como principal objectivo a educação pela arte. Reside em Oeiras desde 1978. Publicou "DIÁLOGO COM O SER", com chancela da MinervaCoimbra, 2008.


ISABEL RAINHA é natural de Soure. Licenciou-se em Ciências Biológicas na Universidade de Coimbra. Exerceu a sua actividade profissional como professora do ensino secundário. É autora dos livros de poesia "O CERCO DA QUIMERA", MinervaCoimbra, 1997, e "CANTO EM TOM MAIOR", MinervaCoimbra, 2001, e do romance "Entre Mondego e Cubango", MinervaCoimbra, 2005. Publicou em 2006 "A menina que não sabia as cores", Vega, livro infantil incluído no Plano Nacional de Leitura.



Também em Ançã, nos jardins da Biblioteca, domingo, dia 20 de Julho, a partir das 15h00, se vai realizar uma TARDE INFANTIL, com a presença de NOÉMIA MALVA NOVAIS, autora do livro "DANIEL E O BICHO DA LANTERNA".

A obra contém ilustrações de INÊS MASSANO e é o primeiro livro de literatura infantil publicado pelas Edições MinervaCoimbra no âmbito da Colecção Letras Pequenas.

"DANIEL E O BICHO DA LANTERNA" conta a história de um menino, o Daniel, que sonhou que tinha uma lanterna onde estava um bicho.


NOÉMIA MALVA NOVAIS nasceu em Ançã em 1968. É licenciada em História e mestre em História Contemporânea pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Prepara o doutoramento em Ciências da Comunicação, na especialidade de Comunicação e Ciências Sociais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
É jornalista desde 1988, contando diversas funções e/ou artigos publicados nos jornais Diário de Coimbra, As Beiras, Jornal de Coimbra, A Capital e O Comércio do Porto, bem como nas revistas Visão, Arganilia, Sábado e Invest.
A par da actividade jornalística realizou o estágio de formação educacional da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo exercido a actividade docente nas escolas de Ançã, Montemor-o-Velho, Lagares da Beira, Penacova e Carapinheira.
Na qualidade de jornalista, orientou o estágio curricular e profissional de alunos da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e da Escola Superior de Educação de Portalegre. Como investigadora, integra o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20).
É bolseira de doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, instituição da qual foi também bolseira de mestrado. A sua dissertação de mestrado, já publicada sob o título "João Chagas. A diplomacia e a Guerra. 1914-1918" (MinervaCoimbra, 2006), e que foi distinguida com a 1.ª Menção Especial do Prémio Aristides Sousa Mendes atribuído pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses e integra, na sétima posição, a lista do Almanaque Republicano dos dez melhores livros de História Contemporânea Portuguesa publicados em 2006.


INÊS MASSANO nasceu em Coimbra a 14 de Março de 1979. Desde muito cedo, revelou interesse pelo desenho e por tudo que se relacionasse com esta arte. Em 2002, terminou a licenciatura em Design de Comunicação, na Escola Universitária das Artes de Coimbra. Neste mesmo ano, começou a leccionar no Instituto D. João V, no Louriçal. Actualmente é professora de Desenho e de Educação Visual.
Nos últimos anos, tem participado em diversas exposições e ilustrado livros infantis, dedicando a maior parte do tempo a desenhar e a criar.


Os livros das Edições MinervaCoimbra encontram-se à venda na Livraria "Era uma vez", em Ançã.

sexta-feira, julho 18, 2008

Poesia encerrou Terças-Feiras de Minerva 2007/2008



Numa organização da Livraria Minerva, Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Fluir Perene realizou-se a última sessão das Terças-Feiras de Minerva da temporada 2007/2008.

Intitulada "Labirinto e Minotauro", a sessão contou com a participação de José Ribeiro Ferreira, que dissertou sobre o tema, e com a leitura de poemas por Amélia Álvaro de Campos, Mariana Montalvão Matias e Susana Bastos, elementos do Grupo de Poesia da Associação Cultura Thíasos do IEC/FLUC.

Foram lidos poemas de Sophia de Mello Breyner Andersen, Fiama Hasse Pais Brandão, José Ribeiro Ferreira, David Mourão Ferreira, Miguel Torga e Fernando Guimarães.

Participaram também alguns autores de poesia da MinervaCoimbra, nomeadamente Maria Lucília Mercês de Mello e Júlio Correia, que leram poemas de sua autoria.

As Terças-Feiras de Minerva regressam em Setembro.






quarta-feira, julho 16, 2008

Terças-Feiras de Minerva assinalaram bicentenário das Invasões Francesas

José Carlos Seabra Pereira, Helena Rainha Coelho,
Isabel Nobre Vargues e Isabel de Carvalho Garcia



Com uma sessão intitulada “As Taças da Ira — As Invasões Francesas: Coimbra e o Baixo Mondego”, as Terças-Feiras de Minerva assinalaram o bicentenário das Invasões Francesas, numa tertúlia que contou com as presenças de Helena Rainha Coelho, autora do livro “As Taças da Ira”, da historiadora Isabel Nobre Vargues e do linguista José Carlos Seabra Pereira.

“As Taças da Ira”, com chancela das Edições MinervaCoimbra, é um romance histórico cuja acção decorre durante as invasões napoleónicas. Durante a sessão foi feito o enquadramento histórico do romance por Isabel Nobre Vargues e uma incursão literária por José Carlos Seabra Pereira.

Isabel de Carvalho Garcia, por sua vez, realçou o facto de a Autora ter feito uma pesquisa séria e cuidada sobre as invasões napoleónicas, chamando a atenção para o livro onde, no final, está anexada a "Notícia da sessão solene realizada na Sala Grande dos Actos da Universidade, para em nome do Príncipe Regente serem dados ao Corpo Militar Académico os devidos louvores e agradecimentos".

Finalmente Helena Rainha Coelho explicou como construiu a trama.

A acção decorre entre 1799 e 1817, em Coimbra e na Figueira da Foz. Desde a tomada do forte de Santa Catarina aos franceses, por um grupo de voluntários que saiu de Coimbra chefiado pelo estudante Zagalo, engrossando-se o grupo em Montemor-o-Velho e depois na Figueira, não mais as milícias de paisanos e o Corpo Voluntário dos Académicos — o famoso batalhão Académico — deixaram de ter um papel relevante durante as três invasões francesas. Lentes e estudantes trocaram os trajes académicos, os fatos talares, pela farda de soldados e oficiais, tornando-se valorosos militares.

A invasão e o saque de Coimbra pelos soldados franceses, o desembarque das tropas inglesas em Lavos, a peste que, entretanto, grassou por toda a região, com especial incidência na Figueira da Foz, onde os empestados se refugiaram em demanda de auxílio, são episódios reais que se vão entrelaçando na trama do destino das personagens criadas por Helena Rainha Coleho. Os tempos cruciais em que estas vivem acabam por influenciar os seus destinos dramáticos e as suas paixões desmedidas.

Embora sejam obras autónomas, este romance, “As Taças da Ira”, completa a saga iniciada com “O Tutor”, ambos com chancela das Edições MinervaCoimbra.







sábado, julho 12, 2008

Labirinto e Minotauro

As Terças-Feiras de Minerva encerram a sua temporada 2007/2008 com uma sessão intitulada "Labirinto e Minotauro".

Dia 15 de Julho, a partir das 21h30, o Grupo Thíasos do IEC, participa numa sessão de leitura de poesia na Livraria Minerva (Rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

A entrada é livre.

Organização: Instituto de Estudos Clássicos, Fluir Perene e Livraria Minerva

sexta-feira, julho 11, 2008

Norberto Canha lança livros de poesia

Norberto Canha, Leonor Riscado, Mário Nunes,
Luís Canavarro e Isabel de Carvalho Garcia


As Edições MinervaCoimbra apresentaram recentemente dois livros de poesia de Norberto Canha — “Voo adormecido” e “Momento, esperanças e certezas”, ambos com o subtítulo “Contas aos netos” — numa sessão que decorreu na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, com uma sala pequena para as várias dezenas de amigos e familiares que quiseram marcar presença.

As obras foram apresentadas por Leonor Riscado e Luís Canavarro e a sessão contou também com a presença do vereador da Cultura, Mário Nunes.

Isabel de Carvalho Garcia abriu a sessão, em nome da editora, fazendo uma breve apresentação dos apresentadores e tecendo algumas considerações sobre o autor, enaltecendo, nomeadamente, as suas qualidades de humanista. “Justo, sensível, preocupado com o mundo que o rodeia, tentando encontrar soluções para os problemas da sociedade actual e da juventude em particular, benemérito, filantropo que tanto se dá com o mais simples como com o mais nobre”, assim classificou a editora Norberto Canha.

“Com rasgos de futurismo e de inteligência, vivo e perspicaz”, Isabel de Carvalho Garcia reconheceu ainda em Norberto Canha “uma enorme criatividade e produtividade já que tem em fase avançada um outro livro”.

Leonor Riscado apresentou então “Voo adormecido”, livro que considerou ser “fruto do labor apurado de um humanista e, como tal, um esteta”. Os que de mais perto privam com Norberto Canha, afirmou, “conhecem a sua grandeza de alma e a humildade da postura”.

Em “Voo adormecido”, “o poeta conjuga, da primeira à última página, o neológico verbo Poemar, definido pelo próprio como harmonia possível entre a palavra, o pensar e o sentimento”, referiu ainda Leonor Riscado. “Tempo e olhar, vida e morte são os binómios organizadores do metrónomo que comanda os ritmos desta obra, representativa da voz acordada de um poeta puro, que caldeia as memórias da infância com a simplicidade do menino que nasceu, cresceu e amou”.

Já Luís Canavarro considerou “Momentos, esperanças e certezas” um livro “breve” mas que “diz muito e obriga a pensar”. E a pensar naqueles assuntos a que a nossa acomodação, egoísmo, conveniência e indiferença, nos tenta subtrair.

Numa época em que “ouvir ou ler bom português, é cada vez mais difícil”, o livro de Norberto Canha é exactamente o oposto: “Está escrito numa linguagem clara, sem ornatos nem subterfúgios, pode ser lido por uma criança (aliás, uma criança entendê-lo-á mais facilmente do que um adulto desalentado), sem com isso perder uma formidável erudição”.

O que não se espera, confessou Luís Canavarro, “é que os seus escritos abranjam um tão vasto leque de conhecimentos e de interesses, revelem uma alma sã e bem formada, traduzam um humanismo raro e sentido e denotem um espírito plenamente jovem”. Características que fazem do autor um “homem de excepção”.

No final, Maria dos Prazeres Francisco, tesoureira da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos também usou da palavra, tendo a sessão sido enriquecida com a actuação do grupo Fadvocal, seguindo-se uma breve intervenção do autor e o encerramento por Mário Nunes.
A tarde terminou com um champanhe de honra e a actuação do Coro da Ordem dos Médicos dirigido por Virgílio Caseiro.