domingo, abril 06, 2008

MinervaCoimbra lançam primeiro livro em Portugal sobre comunidades online



As Edições MinervaCoimbra acabam de lançar o livro “Comunidades online de sucesso”, da autoria de António Filipe, o primeiro em português sobre estratégias que favorecem a sustentabilidade das comunidades de aprendizagem colaborativa online capazes de formar as estratégias de Elearning bem sucedidas, independentemente da tecnologia utilizada ou do contexto onde ocorrem as aprendizagens.

O Elearning em Portugal tem-se tornado muito popular na actualidade. No entanto, é uma estratégia já muito familiar no contexto educativo e da formação profissional desde os anos 90. Apesar da crescente evolução das tecnologias baseadas na internet e da proliferação das estratégias de Elearning, quer nas universidades quer na formação profissional, os resultados ainda são muito tímidos para que se consiga convencer o público estudantil das suas reais vantagens e da mudança cultural que se impõe.

Segundo o autor “as estratégias de Elearning bem sucedidas decorrem sempre de uma actividade da e-moderação consciente, emotiva e bem planeada, onde o sentido de comunidade nas interacções colaborativas online é um indicador determinante do sucesso das próprias estratégias”.

As comunidades de aprendizagem colaborativa não existem por si só, refere António Filipe. “Exigem um impulso de desenvolvimento e um esforço de moderação adequados à diversidade de contextos e de estilos de aprendizagem dos alunos”.

Mas “para atingirem a configuração de uma identidade colectiva têm de se constituir em função de quatro dimensões: espírito, confiança, interacção e expectativas e objectivos comuns”.

Contudo, alerta, “é importante ressalvar que a promoção de níveis elevados de participação/interacção tem muito menos impacto no desenvolvimento do sentido de comunidade do que a promoção da qualidade das interacções”.

A qualidade das interacções entre os membros de uma comunidade colaborativa depende muitas vezes de factores internos, tais como a diversidade de estilos de aprendizagem, personalidades e conhecimentos prévios, diferentes padrões de comunicação, receio da crítica e de retaliação, ou ainda, pouco à vontade em dar feedbacks honestos que possam ser mal interpretados ou pouco aceites. “Nesta dimensão o professor tem um papel importante na moderação e suavização destes factores, desimpedindo os canais afectivos e de comunicação”.

António Filipe salienta ainda que “a qualidade das interacções, que os alunos experimentam, é vital para que consigam sentir satisfação pelo que fazem e aprendam durante o tempo necessário até concluírem as suas actividades. É aqui que a e-moderação assume um papel imprescindível na regulação da qualidade dessas interacções garantindo que nenhuma ponta da rede de interacções fique solta”.




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