quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Minerva recorda textos da nossa memória colectiva



A Livraria Minerva realizou mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva dedicada aos TEXTOS DA NOSSA MEMÓRIA COLECTIVA, com a presença de Maria Regina Rocha. O poema de Fernando Pessoa, "Mensagem", deu o mote a uma sessão muito participada pelo público presente, que a par de Maria Regina Rocha, recitou em uníssono alguns dos poemas que constituem a "Mensagem", afinal, um dos textos da nossa memória colectiva.

Maria Regina Rocha analisou a obra passo a passo, destacando cada uma das suas três partes — Brasão, Mar Português e O Encoberto —, seleccionando de cada uma delas alguns dos poemas que mais marcaram as várias gerações de portugueses.

Do mito do sebastianismo que perpassa ao longo da "Mensagem", até à glorificação de Portugal e das suas glórias passadas, numa clara percepção messiânica da nação, Fernando Pessoa deixa claro ao longo de todo o texto a noção de que é Deus quem quer que os portugueses sejam como são e que toda a obra nasce de um sonho, não sendo necessário que as coisas existam para que acreditemos nelas.

Questionada ainda pelos presentes sobre o interesse dos jovens de hoje por este tipo de textos, alguns deles actualmente já fora dos currículos do secundário, Maria Regina Rocha assegurou que "quando ensinamos e contextualizamos as obras, eles aprendem. Não podemos é ler as coisas à luz de séculos passados. Mas podemos mostrar que há valores que perduram".

Efectivamente, acrescentou ainda, "pode sempre estabelecer-se pontes entre algo que acaba por ser comum ao Homem de todas as épocas". Para a professora, "a literatura tem tudo e tirá-la aos jovens é fazer com que eles fiquem mais pobres".

Maria Regina Rocha é professora da Escola Secundária José Falcão, com larga experiência de ensino da Literatura Portuguesa. É consultora do "Ciberdúvidas da Língua Portuguesa", participa em emissões do programa "Páginas de Português", da Antena 2, e é autora dos conteúdos linguísticos do programa "Cuidado com a Língua!", transmitido na RTP.

A próxima Terça-Feira de Minerva é já no dia 4 de Março, pelas 21h30, e será dedicada ao poeta Afonso Duarte, assinalando a Livraria Minerva deste modo o cinquentenário da sua morte.

A sessão estará a cargo de José Ribeiro Ferreira, incluindo leitura de poemas por elementos do grupo Thíasos do Instituto de Estudos Clássicos da FLUC.




IRREAL PERIFÉRICO na Galeria Minerva


A Galeria Minerva inaugurou recentemente uma exposição colectiva de pintura intitulada "Irreal Periférico" com quatro artistas surrealistas: Santiago Ribeiro, Luis Morgadinho, Júlio Lopes e Paulo Vale. Uma exposição equilibrada e surpreendente.

"Em Santiago Ribeiro as telas surpreendem-nos pelo "admirável mundo", ou não, que ele recria magistralmente, colocando as pequenas figuras (homens e mulheres) numa busca incessante ou simplesmente expectantes sobressaindo o equilíbrio das cores. Ao olhar as suas telas o visitante sente-se intrigado e assaltado por uma dualidade de sentimentos. Já Luiz Morgadinho utiliza a tela como suporte debruçando-se no imaginário com fortes influências da paisagem que o rodeia: a montanha, a paisagem rural e os seus elementos. Em Paulo Vale destacam-se o fantástico e o simbolismo. E por fim, em Júlio Lopes é notória uma forte influência das crenças e mezinhas populares".

Isabel de Carvalho Garcia


A exposição pode ser visitada até ao próximo dia 13 de Março, na Galeria Minerva (Rua de Macau, 52 - Bairro Norton de Matos), em Coimbra.

SANTIAGO RIBEIRO
Natural de Coimbra. Possui o curso técnico de Artes e Ofícios da Escola Avelar Brotero. Organizou a participou em diversas exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Está representado em diversas colecções particulares e públicas.

LUIZ MORGADINHO
Nasceu em Coimbra em 1964. Pintor autodidacta.
Desde 1995 que participa em várias exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Várias menções honrosas.
Está representado em diversas colecções particulares Nacionais e Internacionais.
Citado em vários livros, ilustrou igualmente alguns.

PAULO VALE
Natural de Castelo Branco, artista plástico, mencionado no Directório de Arte 2001/2002 e membro da Associação de Artes Plásticas de Campo Maior. Recebe o 1.º prémio no Concurso de Pintura Artemisia e o 1.º prémio no V Fórum Multimédia do IPJ.
Desde 1990 que participa em exposições individuais e colectivas.
Está representado em várias colecções particulares e públicas.

JÚLIO LOPES
Natural do Fundão. Artista plástico autodidacta.
Desde 2000 que participa em exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro.


































sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Terças-Feiras de Minerva recordam Fernando Pessoa


Prosseguem no dia 26 as Terças-Feiras de Minerva dedicadas à Língua Portuguesa com uma sessão em que Maria Regina Rocha irá recordar o texto “Mensagem”, de Fernando Pessoa.

Como habitualmente, a sessão tem início às 18h30, decorre na Livraria Minerva (Rua de Macau 52 – Bairro Norton de Matos) e a entrada é livre.

Maria Regina Rocha é professora da Escola Secundária José Falcão, com larga experiência de ensino da Literatura Portuguesa. É consultora do “Ciberdúvidas da Língua Portuguesa”, participa em emissões do programa “Páginas de Português”, da Antena 2, e é autora dos conteúdos linguísticos do programa “Cuidado com a Língua!”, transmitido na RTP.

Irreal Periférico

A Galeria Minerva inaugura amanhã, dia 23, pelas 18 horas, a exposição colectiva de pintura "IRREAL PERIFÉRICO" de Santiago Ribeiro, Luis Morgadinho, Júlio Lopes e Paulo Vale.

A exposição pode ser visitada até ao próximo dia 13 de Março, na Galeria Minerva, Rua de Macau, 52, Bairro Norton de Matos, em Coimbra.

domingo, fevereiro 17, 2008

“O teu conto de encontro” e “A Cidade e o Livro”

A Livraria Minerva promove no dia 22 de Fevereiro uma actividade dedicada às crianças e intitulada “O teu conto de encontro”, que terá como convidados especiais as crianças da creche dos Casais Santa Maria e a contadora de histórias Luísa Sequeira. O convite é extensível a todos quantos queiram participar, especialmente os mais novos, que são os reis e as rainhas do dia.

Simultaneamente, e até 10 de Março, a Livraria Minerva, em parceria com o Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra (ITAP), promovem o concurso de fotografia “A Cidade e o Livro”, cujos trabalhos serão exibidos ao público de 24 de Março a 2 de Abril, na Galeria Minerva, e cujo tema pretende explorar o universo literário. Uma iniciativa que pretende pôr à prova a criatividade dos participantes na forma como vêem o livro, a cidade e o seu potencial enquanto criativos fotográficos.

As fotografias, em formato digital, com uma resolução mínima de 1600×1200 pixeis, em cor ou preto e branco, deverão ser entregues até ao dia 10 de Março de 2008, por e-mail para minervaeventos@gmail.com, acompanhadas da identificação do autor, contendo o nome, telefone, e-mail e o título da obra (facultativo).

O júri do concurso inclui profissionais e individualidades com reconhecidas provas no mundo da fotografia. Haverá um prémio surpresa para o melhor trabalho a concurso e as dez melhores fotografias ficarão temporariamente expostas na Galeria.

Estes eventos são organizados por Ana Rita Carvalho, finalista do Curso Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade do ITAP, no âmbito da sua prova de aptidão profissional.

A Livraria Minerva, localizada no Bairro Norton de Matos, Rua de Macau n.º 52, em Coimbra, foi fundada a 21 de Novembro de 1998. É um espaço polivalente onde se realizam vários eventos, dos quais se destacam exposições de pintura e escultura, palestras, conferências, lançamentos de livros e ainda tertúlias.

A Livraria Minerva foi a primeira em Coimbra a oferecer café aos seus clientes, convidando-os a sentarem-se e descontraidamente consultarem obras do seu interesse, bem como foi a primeira a ter um espaço dedicado às crianças e uma Galeria de Arte com exposições permanentes. Enquanto Galeria, a Minerva tem exposto trabalhos de artistas nacionais e estrangeiros e realizado exposições em parceria com outras instituições.

A Livraria Minerva foi, igualmente, a primeira em Coimbra a promover tertúlias, sob o título “Terças-feiras de Minerva”, com uma periodicidade semanal, quinzenal ou mensal de acordo com os temas a debater. Estes encontros, que já duram há oito anos, tanto se realizam ao fim da tarde como se prolongam pela noite dentro, e as temáticas debatidas vão desde a poesia à ficção, passando pelas ciências sociais e humanas. Nestes encontros, a arte também não tem sido esquecida e os temas da actualidade são presença assídua. Estas tertúlias pretendem envolver num debate e reflexão todos os cidadãos interessados, preocupados e conscientes das constantes mutações que ocorrem na sua cidade, no seu país e no mundo.




Concurso de Fotografia
“A Cidade e o Livro”

Regulamento

Preâmbulo
Com o presente regulamento se definem as regras do Concurso de Fotografia a realizar no âmbito da Prova de Aptidão Profissional da aluna Ana Rita Carvalho, finalista do Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra - ITAP, em parceria com a Livraria Minerva, que culminará com uma exposição a realizar entre 24 de Março a 2 Abril de 2008.

Artigo 1.º
Objecto e Tema
Propõe-se realizar um Concurso de Fotografia, com especial relevância à Cidade de Coimbra e ao livro. Nesse sentido, o Concurso de Fotografia com o tema “A Cidade e o Livro” pretende estimular o sentido de observação, curiosidade e divulgar novos valores na área da fotografia, com o sentido de promover o gosto pelo livro, pela Cidade de Coimbra e pela fotografia.

Artigo 2.º
Entrega dos trabalhos/Prazos
As fotografias, em formato digital, com uma resolução mínima de 1600×1200 pixéis, a cor ou preto e branco, deverão ser entregues até ao dia 10 de Março de 2008, por e-mail para minervaeventos@gmail.com, acompanhadas da identificação do autor, contendo o nome, telefone, e-mail e o título da obra (facultativo).

Artigo 3.º
Júri
O júri será constituído por representantes das seguintes entidades:
• Instituto Técnico Artístico e Profissional de Coimbra – ITAP;
• Livraria MinervaCoimbra;
• Principal Patrocinador.

Artigo 4.º
Prémios
Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados, sendo:
• 1.º Classificado – (a definir)
• 2.º Classificado – Livro de Fotografia
• 3.º Classificado – Vale de desconto em serviços fotográficos
Será feita uma exposição com os melhores trabalhos a concurso na Galeria Minerva, de 24 de Março a 2 de Abril.

Artigo 5.º
Divulgação dos resultados do concurso e entrega dos prémios
A divulgação dos resultados do concurso e a entrega dos prémios, serão realizadas no dia 25 de Março de 2008 na Livraria Minerva e, em devido tempo, notificadas a todos os concorrentes. A devolução de todas as fotografias será efectuada após o encerramento da exposição.

Artigo 6.º
Exclusão dos concorrentes
A falta de qualquer elemento ou o não cumprimento de qualquer dos itens do presente Regulamento, implica a exclusão do concorrente.

Artigo 11.º
Casos omissos
Os casos omissos neste regulamento são da competência da organização.

Crítica social e política sem meias-tintas



As Edições MinervaCoimbra lançaram sábado o livro “SEM meias-tintas. Crónicas, Cartas, Sátiras e Histórias”, de Júlio Correia. A sessão contou com a presença do vereador da Cultura, Mário Nunes, de António Vilhena, autor do prefácio da obra, e de Amadeu Carvalho Homem, que fez a apresentação.

Mário Nunes destacou o facto de Júlio Correia ter dedicado o livro a dois grandes mestres da pintura portuguesa: Pinho Dinis, recentemente falecido, e Zé Penicheiro, enquanto Isabel de Carvalho Garcia, das Edições MinervaCoimbra, recordou que “Júlio Correia é uma pessoa que sempre se pautou por dizer o que pensa sem meias-tintas”.

O título do livro serviu, aliás, para muitas referências ao longo da tarde. Amadeu Carvalho Homem recordou a amizade que há 34 anos o une ao autor, uma amizade consolidada sempre sem meias-tintas, reforçou. Quanto ao livro, que considerou ser de uma “acutilante sátira, em regra política”, Carvalho Homem alertou, no entanto, ser esta apenas “aparentemente demolidora”.

Efectivamente, no contraponto da sátira de Júlio Correia, há uma nota de “uma certa compreensão pela natureza humana” e uma nota “de grande ternura humana”. Se tivesse que qualificar o livro, referiu, “diria que ele se insere mais na categoria do humor do que propriamente na sátira”. Amadeu Carvalho Homem destacou ainda uma cerca melancolia, “sempre presente na escrita de Júlio Correia”.

O livro tem uma primeira parte de crónicas, de crítica social e política, “sem qualquer espécie de concessão”, em que o autor “diz sem meias-tintas o que muito bem entende”. Um segundo capítulo onde é visível uma nota de grande humanismo e uma última parte com um conjunto de poemas de grande significado e um conjunto de contos, completam o livro “SEM meias-tintas”.

Júlio Correia nasceu em Lisboa, em 9 de Maio de 1927. Radicou-se em Coimbra a partir de 28 de Fevereiro de 1957. Aos 14 anos, com outro colega, fundou o jornal escolar “A Casa Pia”, que se publicou durante 20 anos. Entre 1952 e 1957, colaborou na edição e redacção do jornal “Voz do Trabalho”, que veio substituir o jornal “O Trabalhador”, do Padre Abel Varzim. Desde 1974 que escreve para a Imprensa, com maior incidência e regularidade a partir de 1992.

Tem publicados os livros “Da Minha Janela em Coimbra”, “Estórias do Meu Beco” e “Tempos de Mim” (Poesia).