terça-feira, janeiro 29, 2008

Trabalho pioneiro abre portas à investigação



As Edições MinervaCoimbra lançaram esta semana a primeira obra portuguesa sobre infografia de imprensa, da autoria da jornalista do Público online Susana Almeida Ribeiro. Intitulado precisamente “Infografia de Imprensa. História e análise ibérica comparada” esta é, segundo o jornalista do Público António Granado, uma obra “muito importante”, desde logo porque é pioneiro mas também pelas portas que abre a futuras investigações sobre o tema.

O trabalho de Susana Almeida Ribeiro está dividido em três partes. A primeira procura traçar uma história da infografia, fruto de um trabalho de pesquisa imenso por parte da autora que pesquisou publicações desde o século XVIII. E precisamente a capa do livro mostra a segunda mais antiga infografia do mundo — uma baleia publicada em 21 de Janeiro de 1723 na Gazeta de Lisboa Ocidental.

Uma segunda parte da obra analisa a forma como Portugal e Espanha tratam a infografia nos jornais, através dos diários Público, Diário de Notícias, El País e El Mundo. E esta é uma área onde Portugal está a anos de distância do país vizinho. Segundo António Granado, o El País e o El Mundo são mesmo os dois líderes mundiais na infografia.

Finalmente, uma terceira parte da obra apresenta uma tentativa de uma radiografia da infografia portuguesa. Quais os meios disponíveis, que tipo de pessoas faz infografia, qual a idade média, género, etc., são alguns dos parâmetros analisados por Susana Almeida Ribeiro.

“Este retrato tem muito interesse do ponto de vista de eventuais estudos futuros”, afirma António Granado. Em Portugal existem 65 profissionais a fazer infografia, dos quais nenhum é oriundo da área da comunicação social e jornalismo, o que, segundo referiu, “mostra a pouca importância que as universidades têm atribuído a esta área”. Esta é claramente uma área “onde há muito a fazer”.

Este é claramente “um livro que traz um contributo de grande importância para a história da infografia de imprensa, tanto a nível nacional como internacionalmente”, concluiu António Granado.





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