quinta-feira, janeiro 31, 2008

Pequenas armadilhas da língua portuguesa



A Livraria Minerva promoveu mais uma sessão das Terças-Feiras de Minerva, desta vez com a presença de Maria Regina Rocha, professora da Escola Secundária José Falcão, com experiência de leccionação na Escola Superior de Educação de Coimbra, e que tem feito diversos estudos na área da didáctica da Língua Portuguesa.

Uma conversa animada à volta da nossa língua, do seu uso diário, das dúvidas que temos quando falamos ou escrevemos animou o fim de tarde na Livraria Minerva, numa sessão com o subtítulo “Pequenas armadilhas”.

“Faz falta em Portugal uma entidade reguladora da língua portuguesa”, afirmou Maria Regina Rocha, à semelhança do que acontece em Espanha ou no Brasil, porque “se há aspectos na língua que estão normalizados, estão referidos em gramáticas e há consenso, a verdade é que há outros domínios que são mais pantanosos”.

A professora de português falou de estrangeirismos, palavras que são “importadas” de outros idiomas por força da tecnologia, por exemplo, mas também de adaptações que são erradamente feitas à língua portuguesa. “Se há palavras em que não há correspondente em português, existem outras em que há alternativas possíveis”.

Entre outros exemplos, Maria Regina Rocha salientou a manutenção da palavra “site” para definir um “sítio” de internet, ou do uso corrente de “salvar” um documento quando o correcto será “gravar”. A convidada das Terças-feiras de Minerva apelou assim ao uso de palavras portuguesas em detrimento de “importações” desnecessárias.

Os acrónimos, as siglas e os substantivos compostos foram outras, entre as muitas, armadilhas abordadas por Maria Regina Rocha na sessão da Livraria Minerva.

Maria Regina Rocha é consultora do “Ciberdúvidas da Língua Portuguesa”, participa em emissões do programa “Páginas de Português”, da Antena 2, e é autora dos conteúdos linguísticos do programa “Cuidado com a Língua!”, transmitido na RTP.






terça-feira, janeiro 29, 2008

Lançamento de Infografia de Imprensa

Versão integral da apresentação do livro INFOGRAFIA DE IMPRENSA disponível aqui por cortesia do canal Youtorga.










As Edições MinervaCoimbra agradecem ao Instituto Superior Miguel Torga na pessoa do Prof. Doutor Dinis Manuel Alves.

Trabalho pioneiro abre portas à investigação



As Edições MinervaCoimbra lançaram esta semana a primeira obra portuguesa sobre infografia de imprensa, da autoria da jornalista do Público online Susana Almeida Ribeiro. Intitulado precisamente “Infografia de Imprensa. História e análise ibérica comparada” esta é, segundo o jornalista do Público António Granado, uma obra “muito importante”, desde logo porque é pioneiro mas também pelas portas que abre a futuras investigações sobre o tema.

O trabalho de Susana Almeida Ribeiro está dividido em três partes. A primeira procura traçar uma história da infografia, fruto de um trabalho de pesquisa imenso por parte da autora que pesquisou publicações desde o século XVIII. E precisamente a capa do livro mostra a segunda mais antiga infografia do mundo — uma baleia publicada em 21 de Janeiro de 1723 na Gazeta de Lisboa Ocidental.

Uma segunda parte da obra analisa a forma como Portugal e Espanha tratam a infografia nos jornais, através dos diários Público, Diário de Notícias, El País e El Mundo. E esta é uma área onde Portugal está a anos de distância do país vizinho. Segundo António Granado, o El País e o El Mundo são mesmo os dois líderes mundiais na infografia.

Finalmente, uma terceira parte da obra apresenta uma tentativa de uma radiografia da infografia portuguesa. Quais os meios disponíveis, que tipo de pessoas faz infografia, qual a idade média, género, etc., são alguns dos parâmetros analisados por Susana Almeida Ribeiro.

“Este retrato tem muito interesse do ponto de vista de eventuais estudos futuros”, afirma António Granado. Em Portugal existem 65 profissionais a fazer infografia, dos quais nenhum é oriundo da área da comunicação social e jornalismo, o que, segundo referiu, “mostra a pouca importância que as universidades têm atribuído a esta área”. Esta é claramente uma área “onde há muito a fazer”.

Este é claramente “um livro que traz um contributo de grande importância para a história da infografia de imprensa, tanto a nível nacional como internacionalmente”, concluiu António Granado.





domingo, janeiro 27, 2008

Galeria Minerva apresenta “Fábrica” de Ana Santiago



A Galeria Minerva tem patente uma exposição de pintura de Ana Santiago intitulada "Fábrica", que poderá ser visitada até dia 20 de Fevereiro, de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00.

“Fábrica” é, segundo a galerista Isabel de Carvalho Garcia “outro olhar e uma outra forma de fazer arte”. Uma exposição que é, sobretudo, “uma lufada de ar fresco para Coimbra”.

Segundo a própria artista, este trabalho agora apresentado na Galeria Minerva “pretende comunicar algo que me vem perturbando desde que comecei a trabalhar ao nível da pintura e que é a questão da identidade”. Para Ana Santiago, trata-se de “uma questão pertinente, sobretudo na época actual em que cada vez mais sentimos dificuldades em perceber porque é que existimos”.

Confessando-se profundamente influenciada pela obra de Italo Calvino, “Seis propostas para o próximo milénio”, Ana Santiago apresentou, durante a sessão de inauguração da exposição, um pequeno vídeo experimental de sua autoria, no qual procura expressar o seus sentir plástico em relação ao processo de identidade.

Ana Santiago nasceu no Porto em 1980, cidade onde reside e tem ateliê. Iniciou a sua actividade artística em 1999, concluindo o Curso Tecnológico de Conservação e Restauro, no Instituto das Artes e da Imagem, onde paralelamente efectuou um curso livre de pintura. Expôs no Mercado Ferreira Borges em 2002 como participante da mostra colectiva “As Cores do Porto”.

Licenciou-se em Arte e Comunicação na Escola Superior Artística do Porto em 2006. Tem desenvolvido diversos projectos artísticos, centrados na pintura e artes digitais.

Produziu e realizou, em conjunto com João Soares, o Festival Internacional de Vídeo Timeline para a XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira em 2005. Participou na exposição colectiva “Arte Portugal PALOP – CPLP”, realizada pela ANAP, Galeria de Arte do Hotel Ipanema Park, no Porto em 2007, e na exposição colectiva “Paisagem Urbana Hoje”, Galeria de Arte dos Antigos Paços do Concelho, em Viana do Castelo em 2007.

Actualmente frequenta o Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.












quinta-feira, janeiro 24, 2008

AAC . Construção de Gerações



"Não é por acaso que a Associação Académica de Coimbra surge como a maior e mais prestigiosa associação de estudantes do País, além de ser a mais antiga. Tem um historial extremamente rico, de que todos, actuais e antigos estudantes, se orgulham. A academia coimbrã desempenhou e continua a desempenhar um papel do maior relevo na vida académica, desportiva, cultural e social da Universidade, da Cidade, do País.
Associação centenária, a AAC, como a Universidade mesma, nada têm de velho, porque uma e outra, sem esquecerem as tradições, que orgulhosamente mantêm e renovam, estão abertas à inovação e ao progresso. Os estudantes, unidos em torno da sua Associação, constituem uma das garantias dessa modernidade e do espírito de Coimbra, que une as gerações e, de uma forma rara, enlaça a tradição e o progresso".

Rui de Alarcão
Sócio Honorário da AAC


Entre os variados eventos integrados nas celebrações do 120.º aniversário da Associação Académica de Coimbra conta-se a publicação do livro CONSTRUÇÃO DE GERAÇÕES, com distribuição assegurada pela MinervaCoimbra.

A obra compõe-se de duas partes.

A primeira contendo depoimentos de personalidades conhecidas da vida académica, pública e política, todas elas, em determinado momento da sua vida, ligadas à AAC.

A segunda reproduzindo o essencial de uma sessão que, em Agosto de 2007, reuniu no Casino Figueira, no âmbito das "Tertúlias do Casino", antigos dirigentes da AAC. Com moderação de Carlos Pinto Coelho, participaram na sessão Correia de Campos, Laurentino Dias, António Vigário, João Mário Grilo, Rui de Alarcão e o presidente dos Serviços de Acção Social da UC e Sócio Honorário da AAC, António Luzio Vaz.


Construção de Gerações

Associativismo e Sociedade, Mudança e participação em 50 anos de vida: Rui Bebiano
Testemunhos de: Rui de Alarcão (Prefácio), António Luzio Vaz, Carlos Fiolhais, José Manuel dos Santos Viegas, Ricardo Roque, Alberto Martins, António Vigário, Miguel Duarte
Uma marca presente entre o passado e o futuro: transcrição de momentos da tertúlia no Casino Figueira a 27 de Agosto de 2007

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Era uma vez a língua portuguesa

A Livraria Minerva promove no próximo dia 29 de Janeiro, pelas 18h30, mais uma sessão das Terças-feiras de Minerva.

Subordinada ao tema "ERA UMA VEZ A LÍNGUA PORTUGUESA", esta sessão conta com a presença da Dr.ª Regina Rocha.

A entrada é livre.

MinervaCoimbra publica pela primeira vez em Portugal obra sobre Infografia de Imprensa



As Edições MinervaCoimbra, o Director da Colecção Comunicação,
Mário Mesquita e a Autora têm o prazer de convidar
para o lançamento do livro

INFOGRAFIA DE IMPRENSA
História e análise ibérica comparada

de Susana Almeida Ribeiro.

A apresentação será feita por António Granado
(jornalista do Público e professor universitário).

A sessão realiza-se no próximo dia 28 de Janeiro,
pelas 21h15, na Livraria Minerva,
Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos) em Coimbra.



INFOGRAFIA DA IMPRENSA é a única obra publicada sobre o tema em Portugal.

As infografias são uma das ferramentas mais úteis do jornalismo moderno. Das infografias das páginas dos jornais aos gráficos animados online, estes utensílios informativos estão a ganhar espaço. As infografias simplificam, resumem, aclaram e fazem reter a informação nas mentes dos leitores. Elas dão a conhecer pormenores que as fotografias não captam e explicam fenómenos que a palavra escrita nem sempre consegue fazer passar, por muito descritiva que seja. As infografias são visualidade. Elas mostram. Condensam o que de importante há a reter em determinada notícia e apresentam-na num "formato de leitura rápida". Com uma vista de olhos, o leitor apressado de hoje consegue captar o básico sobre determinado fenómeno ou acontecimento. Mais que necessárias, as infografias assumem um papel de utilidade pública. Elas são uma democratização dos gráficos explicativos que antigamente só se podiam ver em enciclopédias ilustradas.
Esta obra é um esforço de síntese teórica do universo da infografia: o que são infografias, de que forma se inserem no contexto do jornalismo visual, quando surgiram e em que jornais. Exibe-se igualmente a primeira infografia publicada na imprensa periódica portuguesa, que data de 1723, e ensaia-se um primeiro “retrato de família” da classe profissional em Portugal.


Susana Almeida Ribeiro nasceu a 26 de Maio de 1977 em Coimbra. Licenciou-se em Jornalismo pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 1999. Iniciou a actividade profissional no publico.pt, em Dezembro desse mesmo ano, trabalhando para o serviço noticioso “online” Última Hora, onde está ainda hoje.
Em 2003, quando ingressou no mestrado de Comunicação e Jornalismo, na UC, deslocou-se de Lisboa para a delegação do jornal Público em Coimbra. No decurso da tese de mestrado que subjaz a esta obra viveu em Madrid durante seis meses, de Fevereiro a Julho de 2004, com uma bolsa Erasmus.

Foto: © Artur Carvalho

FÁBRICA na Galeria Minerva

A Galeria Minerva inaugura no próximo sábado, dia 26 de Janeiro, às 18h00, uma exposição de pintura de Ana Santiago intitulada "Fábrica".

A mostra estará patente até dia 20 de Fevereiro, de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00.


Ana Santiago (Porto – 1980)
Nasceu, reside e tem atelier na cidade do Porto, Portugal.
A artista emergente iniciou a sua actividade artística em 1999 concluindo o Curso Tecnológico de Conservação e Restauro, no Instituto das Artes e da Imagem (IAI) em 2002 no Porto, onde efectuou um curso livre de pintura paralelamente.
Expôs no Mercado Ferreira Borges em 2002 como participante da mostra colectiva “ As Cores do Porto”.
Licenciou-se em Arte e Comunicação na Escola Superior Artística do Porto (ESAP), tendo concluído a mesma em 2006. Durante este período desenvolveu diversos projectos artísticos, centrados na pintura e artes digitais, como por exemplo, a produção e realização do projecto Spoting, mostra colectiva de vídeos, Bazaar em 2004.
Permaneceu em Metz (França) para frequentar a Beaux-Arts de Metz em 2004 / 2005, através do Programa Erasmus. Participou nas Conferencias de Música Contemporânea da cidade de Metz em “ELECTROPHONE” dedicada à banda “The Residents”.
Com um pé em França e outro em Portugal produziu e realizou, em conjunto com João Soares, o Festival Internacional de Vídeo Timeline para a XIII Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira em 2005.
Depois de ter concluído a licenciatura estagiou na Fundação de Serralves, na Assessoria Comercial, Loja de Serralves.
Participou na exposição colectiva “Arte Portugal PALOP – CPLP”, realizada pela ANAP, Galeria de Arte do Hotel Ipanema Park, no Porto em 2007.
Participou na exposição colectiva “Paisagem Urbana Hoje”, Galeria de Arte dos Antigos Paços do Concelho, em Viana do Castelo em 2007.
Actualmente frequenta o Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público, na Faculdade de Belas Artes na Universidade do Porto.



Ana Santiago

…” Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinação de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objectos, um catálogo de estilos. Onde tudo pode ser continuamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis”…
Italo Calvino
“ Seis propostas para o próximo milénio”


É indeterminável o número de pessoas que no passado, no presente e no futuro trabalham o tema da Identidade sob as mais variadas maneiras, os infindáveis pontos de vista...
Ana Santiago faz uma busca da Identidade incessante no quotidiano, uma procura nela e no mundo que a rodeia. Realiza esta reflexão sobre o tema identidade tendo sempre presente a relativa subjectividade do tema, que ultrapassa qualquer limite. E, portanto, tem como principal objectivo levantar questões que são muitas vezes por nós ignoradas mas que estão presentes em cada segundo da nossa vida.
Teremos nós identidade?
As nossas impressões digitais, o nosso bilhete de identidade, as nossas características físicas e psicológicas serão a nossa identidade?
“…Vejo a minha identidade como um processo de cimentação, de pequenas formas, que se vão produzindo, transformando e deslizando lentamente até que quando caem lá em baixo se encaixam umas nas outras e formam uma espécie de puzzle que é a minha identidade…”.
Estas pequenas formas são as minhas experiências, as minhas vivências, as informações, as leituras, as minhas bibliotecas e enciclopédias como foi denominado por Ítalo Calvino.
Os sentimentos, as aventuras, as loucuras, os meus prazeres, as minhas lágrimas, os meus maus e bons momentos. Os medos, as defesas, as fortificações tudo se processa dentro de cada um de nós, segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano, de vida para vidas.
Todas estas pequenas formas são continuamente remexidas e reordenadas de todas as maneiras possíveis.
A identidade altera-se consoante a maneira como reordenamos ou remexemos as formas durante a nossa vida.
Vida enquanto Ser Humano, implica uma identidade singular.
Mas se pensarmos no número de identidades que existem no nosso planeta Terra, ficamos perplexos com a complexidade do tema.
Cada um de nós possui um processo de cimentação das formas, possuindo configurações estéticas únicas, poder-se-á tratar de uma infindável representação.
Como processo, trata-se de uma metáfora fórmica.
A cimentação, propriamente dita, talvez não exista, pois é continuamente alterada, a posição das formas relativamente umas às outras, a velocidade com que caem também não é constante nem igual de Ser Humano para Ser Humano. A sua produção também é exclusiva de cada fábrica.
Estas formas nascem como causa – efeito, que são a nossa essência. A essência é a vida, a vida é uma viagem, creio, ser uma viagem cuja plataforma é a Vida.
A identidade de cada um de nós implica a vida de cada um de nós.
Desde o primeiro momento em que somos gerados, pela fecundação daquele espermatozóide e daquele óvulo, da evolução do ovo até ao embrião. A nossa formação durante o tempo que estamos dentro da cápsula também faz parte da formação da nossa identidade.
O outro lado da viagem que cada um de nós faz neste planeta, é a morte.
A morte também contribui para a nossa identidade, pois quando nascemos interiorizamos a morte, será essa também uma forma que produzimos? Sim, penso que sim. Esta será uma forma com infinitas configurações possíveis mas que é comum a todos os seres Humanos.
As configurações estéticas das formas são infinitas, pois depende, como as absorvemos, reflectimos e pensamos. A causa que tem como efeito a sua respectiva forma.
O puzzle, a nossa identidade vai se produzindo, transformando-se até formar uma única forma composta pelas pequenas formas, como se boiasse ou flutuasse, dentro de nós, em constante adaptação e mutação.

Assunção Pestana

Mais informações sobre Ana Santiago aqui

sábado, janeiro 19, 2008

Broncas de Bush



As monumentais gafes do presidente dos Estados Unidos são sucesso na Internet, nomeadamente no You Tube, onde vídeos como este atingem recordes de visionamento.

As Edições MinervaCoimbra possuem também uma colecção de gafes hilariantes num livro intitulado "Broncas de Bush".

Em formato de bolso, o livro transcreve, ao longo de 110 páginas, algumas das mais famosas gafes do presidente dos Estados Unidos, compiladas por Peter Scowen.

"Pensava-se que Jean Chrétien (ex-primeiro ministro do Canadá) era o campeão imbatível da gafe e que ninguém no mundo poderia jamais ultrapassá-lo. No entanto, Geroge W. Bush apresenta-se agora, sem sombra de dúvida, como o novo mestre incontestado da patetice e faz de Jean Chrétien um modesto aprendiz", escreve Peter Scowen.

Frases já célebres como "Penso que o povo americano — espero que o povo — não penso, permitam-me — espero que o povo americano tenha confiança em mim" ou "É surpreendente que eu tenha ganho. Apresentava-me contra a paz, a prosperidade e o poder instalado", são já best-sellers entre as anedotas a nível mundial, e podem ser lidas no livro "Broncas de Bush" das Edições MinervaCoimbra.

BRONCAS DE BUSH
ISBN 972-798-11-4
110 pp.
PVP: 8 euros

sábado, janeiro 12, 2008

Inês deu o mote a mais um Chá com Lágrimas


João Aguiar foi o convidado especial para a sessão mensal do Chá com Lágrimas, desta vez sob o tema "Chá com Inês". O escritor, autor do livro "Inês de Portugal" (1997) falou desta obra que nasceu fruto do guião cinematográfico que João Aguiar escreveu para o filme com o mesmo nome.

Com o livro, referiu, "tentei aproximar-me tanto quanto possível dos factos históricos". Daí que o romance não inclua os episódios lendários associados a Inês de Castro, como a coroação post-mortem em Alcobaça, entre outros. "Tentei simultaneamente, embora só os leitores o possam confirmar, dar ao livro uma certa atmosfera poética", admitiu ainda João Aguiar. "Inês de Portugal" é, pois, fruto destas duas opções: a exactidão histórica possível e o ambiente poético.

No entanto, e tal como confessou, a figura central do livro é D. Pedro. E há uma razão para essa opção. À parte o facto de ele ser a figura mais interessante em todo o drama histórico, a verdade é que também há muita coisa sobre D. Pedro e nada sobre Inês de Castro. "O fascínio de Inês é, em parte, devido a nós não sabermos como ela era, quem ela era", afirmou, já que não existe sequer nenhuma representação iconográfica.

Quem tornou sublime a figura de Inês de Castro foram os poetas e foram os escritores. Para o povo, na altura e durante muitos séculos, Inês de Castro não era de todo amada, tendo mesmo uma péssima reputação no reino. Inês representou efectivamente um perigo político para o reino, sobretudo por causa da família, e os seus filhos representavam, também eles, um perigo para a dinastia.

"Nós não sabemos sequer se ela gostava de D. Pedro", salientou ainda João Aguiar. "Sabemos sim que ele gostava muito dela". E esse é também um dos pontos que se destacam na obra "Inês de Portugal": a vitória do amor perante a morte.

José Machado Lopes leu depois dois poemas de Paulino Mota Tavares, inspirados na figura de Inês de Castro.

A sessão teve também música renascentista interpretada por Leonor Melo, Nuno Mendes e João Barros, elementos da Academia Ad Libitum.

No final, houve ainda espaço para um acesso debate em torno da figura de Inês de Castro.

Recorde-se que o “Chá com lágrimas” é a mais recente criação da Fundação Inês de Castro, em parceria com as Edições MinervaCoimbra e o Hotel Quinta das Lágrimas, e tem por objectivo relembrar a ambiência das velhas tertúlias coimbrãs, razão que explica o espaço dado ao diálogo artístico e cultural, num clima da maior informalidade.

A iniciativa, sempre subordinada a um tema, conta com o apoio da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra.

A próxima sessão será a 14 de Fevereiro, Dia dos Namorados, com o tema “Chá com afectos”. Dado o espaço limitado, é necessária uma inscrição que poderá ser feita na recepção do hotel ou por telefone, através do 239 802380.
















A voz de Inês

Serás ainda Coimbra
Coimbra pintada de nada
de ócios de fado e restos de lusa.
Coimbra literária perdia e nua
sobre o penedo
onde se inscreve uma torre cansada
inútil
como o segredo que se espalha
na água do rio preso quieto adormecido.
Que é feito de ti ócidade
velha e gasta em inesperados poentes
de olhar melancólico e perdido
ao sabor de crónicas sem tempo
e sem idade.
Terra geradora de futuros e revoluções
mas que nunca agarra nem possui
o verso e a utopia
que a guitarra anunciou no tempo longo.
Levemente te repetem
te repintam o corpo
esquina a esquina pranto a pranto
uma pedra um silêncio
uma sobra de cada vez.
Falta-te apenas a alma
o grito que se ergue em Camões
o poema em sangue
o canto a voz de Inês.

Paulino Mota Tavares



Flor do verde ramo

Inês, Inês linda,
Inês de Castro formosa e firme,
Inês de Portugal ainda.
Teu fado
há-de ser canto e sangue
do meu povo só
e abandonado.
Mas há-de haver um tempo novo
de ser e navegar
doces lábios de Inês,
cabelos,
olhos sábios para amar,
laranjais de esperança
que vão ficando a arder sobre o desejo.
Amor amando
gravado
no chão da História, no beijo
e na pedra escrita
da memória de Alcobaça.
Tempo do tempo que passa
e não morre.
Pedro assim o disse e assim o quis
pois em ti se resume
Inês de mágoa, Inês de lume,
longo o mar
e a dor do meu país.

Paulino Mota Tavares

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Julia Durand na RTP

A mais jovem autora das Edições MinervaCoimbra foi recentemente entrevistada pela RTP. O vídeo pode ser visto aqui.

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Chá com Inês

"Chá com Inês" é o tema de mais uma sessão do "Chá com Lágrimas" que junta a Fundação Inês de Castro, as Edições MinervaCoimbra e o Hotel Quinta das Lágrimas, com o apoio da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra. A iniciativa, sempre subordinada a um tema, tem lugar todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, no Hotel.

A sessão deste mês, a decorrer quinta-feira, dia 10, pelas 17h30, conta com a presença do escritor João Aguiar, autor do livro "Inês de Portugal". Na ocasião, José Machado Lopes lerá poemas de Paulino Mota Tavares alusivos a Inês de Castro.

O "Chá com Inês" terá ainda música vocal renascentista por elementos da Academia Ad Libitum, de Coimbra.

Estes encontros são envolvidos pela ambiência das velhas tertúlias coimbrãs, razão que explica o espaço dado ao diálogo artístico e cultural, num clima da maior informalidade.

As inscrições deverão ser feitas junto do Hotel Quinta das Lágrimas, através do telefone 239 802 380.

“Chá com Afectos” e “Chá com Música” são os temas das sessões seguintes.


João Aguiar nasceu em Lisboa em 1943, sendo licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas.

No catálogo da ASA figuram os seus catorze romances — A Voz dos Deuses, O Homem Sem Nome, O Trono do Altíssimo, Os Comedores de Pérolas, A Hora de Sertório, A Encomendação das Almas, Navegador Solitário, Inês de Portugal, O Dragão de Fumo, A Catedral Verde, Diálogo das Compensadas, Uma Deusa na Bruma, O Sétimo Herói e O Jardim das Delícias — e um livro de contos — O Canto dos Fantasmas —, além da série juvenilO Bando dos Quatro.

Parte da sua obra está traduzida em Espanha, Itália, Alemanha e Bulgária.




MinervaCoimbra na blogosfera espanhola

Um blogue espanhol sobre livros dá destaque à nova colecção da MinervaCoimbra "Geração21" e à iniciativa de editar jovens escritores entre os 12 e 0s 21 anos.

O texto pode ser lido aqui.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Aulas de Pintura

A Galeria Minerva disponibiliza aulas de pintura orientadas pelo pintor Rui Cunha.


O curso poderá ser iniciado em qualquer altura do ano, na Galeria Minerva, e o acompanhamento é personalizado, respeitando a personalidade de cada um.


HORÁRIO
Quartas-feiras, às 16h00 (ou outra hora a combinar)


INSCRIÇÕES
Livraria Minerva Galeria
Rua de Macau, 52 (Bairro Norton de Matos)
Tel: 239 716204
Fax: 239 717267
Email: livrariaminerva@mail.telepac.pt


Pintor Rui Cunha
Tel: 239 723343
Tlm: 96 3520880