domingo, outubro 09, 2005

Tertúlia sobre arte na Minerva


A Galeria Minerva organizou uma Tertúlia para reflexão sobre a arte a nível nacional e internacional, no âmbito de uma exposição internacional de pintura que estará patente até ao próximo dia 19 de Outubro. Na mostra poderão ser apreciadas telas de Angel Moreno (Espanha), Carlos Pulido (Peru), Elsa Brocate (Espanha), Franco Momo (Argentina),Fernando Villegas (México), Jaime Pons (Espanha), Lena Gal (Portugal), Lúcia Fontão (Espanha), Maria Antónia Sanchez (Espanha), Pilar Bamba (Espanha), Susana Momo (Argentina) e Teresa Munoz (Espanha).

A Tertúlia contou, entre outros, com a participação de Paulino Mota Tavares, António Menano, Colette Vilatte, Isabel Dias, Pedro Olayo (Filho), Rui Cunha, Santiago Ribeiro e Pinho Dinis, e o crítico de arte Telo de Morais.

Numa reflexão sobre o actual panorama da arte em Portugal, Telo de Morais referiu ser uma área em não há limites, e que apesar de se fazerem muitas coisas novas, “nem tudo é inovador”. Insurgindo-se contra algumas instalações, o crítico de arte considerou que actualmente a arte se encontra numa encruzilhada, onde ninguém sabe para que lado está virado.

Em jeito de resposta, Paulino Mota Tavares, outros dos participantes no debate, referiu que “o caos pode ser o princípio da mudança” e que “é o momento do caos que nos mostra para onde nos podemos projectar”. E é isso, afirmou, “que se espera dos artistas plásticos”.

Debatendo o estado da pintura em Portugal, os presentes reconheceram o excesso de pintores no país, actualmente, mas, contrariamente, um período de grande dificuldade por parte das galerias.

Em relação a isto, Isabel de Carvalho Garcia, proprietária da Galeria Minerva, recordou que para que as galerias invistam, tem de haver compradores, o que nem sempre acontece. O que se verifica muitas vezes, referiu, “é que as pessoas vão comprar a Lisboa e ao Porto”.

Sublinhando a necessidade de se promover uma crítica qualificada, que diferencie e não que coloque todos os artistas no mesmo patamar de qualidade, a discussão continuou em torno da cidade de Coimbra e da dificuldade que os artistas plásticos sentem em se estabelecerem aqui, tendo sido muitos os que optaram por partir. No entanto, os presentes salientaram que estão a sair muito bons artistas da ARCA/EUAC, em Coimbra, os quais é preciso apoiar.

Dado o êxito da iniciativa, a Galeria Minerva irá promover durante o mês de Março um ciclo de debates dedicados à arte.

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