segunda-feira, outubro 31, 2005

Sobre o livro de Dina Cristo


[Escrito por Rogério Santos, no Indústrias Culturais]


Já aqui escrevera sobre o lançamento, na passada segunda-feira, do livro de Dina Cristo, A rádio em Portugal e o declínio do regime de Salazar e Caetano (1958-1974). Aproveitei o fim-de-semana para o ler.

O texto divide-se em três partes: 1) discursividades: da rádio tradicional à rádio nova, 2) dispositivo técnico e condições de actuação, 3) rádio e poder: estratégias e relações. Tese de mestrado defendida em 1999, ainda bem que se processou a sua publicação, pois cobre um até agora pouco trabalhado período - e que será bom comparar, embora num outro meio de comunicação, com a tese de doutoramento de Ana Cabrera (sobre a imprensa no período marcelista), quando esta for editada.

Do livro, destaco as páginas intituladas Plano económico (pp. 73-78), onde a autora analisa a publicidade que "inundou a rádio, nos anos 50" (p. 73). As pequenas estações englobadas nos Emissores Associados de Lisboa e Emissores Norte Reunidos (Porto) beneficiariam com ela, após hesitações políticas ao longo de duas décadas, sobre a sua necessidade ou não para o funcionamento das emissoras. Uma das maiores estações de então, o Rádio Clube Português, aproveitaria o boom publicitário para inaugurar estúdios na rua Sampaio e Pina (Lisboa) e um novo emissor de ondas médias (p. 75). Com a liberalização publicitária, reaparecia o produtor independente (de que já havia antecedentes nos anos de 1930), formando-se empresas como APA, Produções Lança Moreira, Gilberto Cotta, Sonarte, que passariam a dominar as rádios privadas (p. 77). Mas na década de 1970, o peso excessivo dos produtores, que enchiam os programas com publicidade, começaram a ser contestados.

Dina Cristo, nas páginas iniciais, dá conta da rádio instalada no começo dos anos 1950 e na ruptura que se preparou nos finais da década de 1960, com relevo para programas como PBX (Carlos Cruz e Fialho Gouveia, 1967), Página 1 (José Manuel Nunes, Rádio Renascença, 1968), Tempo Zip (1970) e Limite. A esta programação, dispersa pelo Rádio Clube Português e Rádio Renascença, a autora designa-a como a rádio nova, em que a reportagem de rua e a passagem de discos novos criariam outros públicos de rádio, jovens embora minoritários. Ela chama a atenção para a importância da Rádio Universidade como centro irradiador de novas experiências estéticas que possibilitaram essa renovação da rádio em Portugal, em condições difíceis, dada a permanente censura.

A obra agora editada tem uma preocupação pelo lado jurídico do meio e por momentos de maior peso político por que a rádio passou. Daí, o realce dado à preparação do golpe de estado de 25 de Abril de 1974 - e os seus preparativos na rádio (pp. 28-32) - e à radiodifusão no começo da guerra colonial (1961) (pp. 44-54). E também à descrição e análise da propaganda, dividida em três parcelas: subversiva, de integração, contrapropaganda (pp. 93-118).

Baseada em entrevistas com agentes radiofónicos que participaram no período estudado (ao todo, 18) e na análise dos arquivos de Salazar, da polícia política PIDE/DGS e da RDP (rádio pública, até 1974 com a designação de Emissora Nacional), bem como leitura da imprensa da época, conclui-se que o trabalho de Dina Cristo está bem documentado e possui uma escrita leve, combinando o registo da citação com a análise histórica e social da época, o que permite uma leitura rápida e agradável.

Leitura: Dina Cristo (2005). A rádio em Portugal e o declínio do regime de Salazar e Caetano (1958-1974). Coimbra: MinervaCoimbra, 148 páginas, €16.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Fernando Rebelo na Galeria Minerva


Isabel de Carvalho Garcia, Fernando Rebelo e José Alberto Garcia

A Galeria Minerva tem patente até ao próximo dia 17 de Novembro uma exposição de pintura (óleos, acrílicos e aguarelas) de Fernando Rebelo.
Fernando Rebelo expôs pela primeira vez em 2001, com sucesso imediato traduzido na venda de todos os quadros que integravam a mostra. Embora a sua vida não seja dedicada a 100% à pintura, este foi “um bichinho que se tornando cada vez mais sério” e que vem desde a infância, sempre como um passatempo e de forma autodidacta.
Na sua evolução na arte de pintar, Fernando Rebelo já passou por todas as técnicas, desde o carvão ao lápis, tendo também algumas esculturas. Confessa que todas as telas que pinta são para si, e só mais tarde é que surge o processo de selecção para as exposições. Selecção rigorosa já que o pintor assegura que não expõe nada que não goste ou que ele próprio não comprasse.
A exposição pode ser visitada de segunda a sábado das 10 às 13 e das 14h30 às 20 horas, na Galeria Minerva, na Rua de Macau, 52, em Coimbra.











Fotos: Paula Almeida

sexta-feira, outubro 21, 2005

MinervaCoimbra apresentou “Trilogias Líricas”

(da esq para a direita) Isabel de Carvalho Garcia, Cristina Robalo Cordeiro,
Mário Nunes, Maria Lucília Mercês de Mello e José Ribeiro Ferreira



As Edições MinervaCoimbra apresentaram na Casa Municipal da Cultura a última obra de Maria Lucília Mercês de Mello, “Trilogias Líricas”. Trata-se do quarto livro de poesia da autora, que editou “Poemas em dois tempos” (1998), “Tempo de Bruma” (2001) e “Sintonias” (2003), todos na MinervaCoimbra.
Numa sessão presidida pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, Mário Nunes, a apresentação da obra esteve a cargo de Cristina Robalo Cordeiro, depois de breves intervenções de Isabel de Carvalho Garcia, das Edições MinervaCoimbra, e de José Ribeiro Ferreira, director da colecção Poesia Minerva.
Coerência e ressonância, “é este o efeito maior produzido pelo livro de poesia de Maria Lucília Mercês de Melo, onde a sua consciência estética vigilante orquestra, sem fausto nem ostentação, os momentos e os movimentos de um vivido que, sendo individual, é também o de cada um de nós”, referiu Cristina Robalo Cordeiro na apresentação da obra. A autora, afirmou, “na sua página de apresentação, sublinha o “prazer desmesurado” que lhe ofereceu a experimentação de um novo modo de escrita: o prazer da descoberta será, evidentemente, também o do leitor que se sentirá feliz por deixar calar em si, durante uma hora, os barulhos da actividade quotidiana, e iniciar, guiado pela poeta, a recapitulação do seu destino”. Aperceber-se-á então “de que a poesia não é apenas uma música verbal mas uma verdadeira ordenação rítmica do coração”.
Para Cristina Robalo Cordeiro, Maria Lucília Mercês de Mello “não pertence à categoria dos poetas para quem a operação poética passa, na assumpção da linguagem, pela negação da coisa nomeada”. Na sua poesia, “os seres naturais existem e exprimem-se segundo a sua essência própria, obedecendo, diríamos, à sua única vocação pancalista, votados ao prazer único de viver”.
De acordo com a apresentadora, em “Trilogias Líricas” “estamos entre tudo o que foi e já não é, e tudo o que, já não sendo, é ainda e sempre no poeta: porque nada morre, desfalece ou se esvai enquanto houver em nós um instante poético que o preserve!”.
E o que confirma a originalidade da obra, “não é tanto a diversidade das formas (do soneto à ode passando pela página em prosa), mas mais o jogo de ecos instituído entre as três obras precedentes”.
Da leitura de “Trilogias Líricas”, Cristina Robalo Cordeiro garantiu pois que “o espírito mais inquieto sairá apaziguado: é que o livro, no seu jogo ternário e especular, propõe-nos um modelo de reestruturação psíquica ou, melhor, de reorganização espiritual”. É a obra de uma poeta que, “tendo realizado a sua vocação de médica, é ainda, pela virtude do texto, capaz de fazer bem à sua volta”.
A sessão terminou com a leitura de alguns poemas do livro pela própria autora.

quarta-feira, outubro 19, 2005

A Rádio em Portugal e o Declínio de Salazar e Caetano 1958-74

Comemorando os 80 anos da Rádio em Portugal, as Edições MinervaCoimbra associam-se à Escola Superior de Educação de Coimbra, no âmbito de um protocolo na área de Ciências da Comunicação, e convidam para o lançamento do livro "A Rádio em Portugal e o Declínio de Salazar e Caetano 1958-74", da autoria de Dina Cristo.

A apresentação do livro será feita por Sansão Coelho.

A sessão decorrerá na Sala Alice Gouveia, na Escola Superior de Educação de Coimbra, no próximo dia 24 de Outubro (segunda-feira), às 14h30.

A rádio é cumplicidade, ligação de um país que, entre 1958 e 1974, se revela tripartido, entre quem está a favor - da guerra de África e do regime -, quem está contra e quem resiste, a ambos. As lutas ideológicas passam pela escuta fiel do ambiente sonoro que envolve a nação: a rádio de integração, a rádio subversiva e a rádio nova. Portugal é um país à escuta. A rádio é, nos anos 60, o Sistema Nervoso Central da sociedade portuguesa.
Como é a telefonia antes do 25 de Abril? Que relações há entre a rádio e o regime? Como são os seus conteúdos e os formatos? Como é a censura radiofónica? Como é, enfim, radiofundida a propaganda? Nesta obra, a autora mergulha no universo radiofónico ao longo da queda do Estado Novo: analisa a programação e a informação na Parte I, o enquadramento legal, técnico e económico na II e na Parte III a propaganda, a censura e as relações entre a rádio e o poder político.


DINA CRISTO, 35 anos, é professora e investigadora de Teoria da Comunicação e de História dos “Media” na Escola Superior de Educação, em Coimbra, onde é assistente desde 1999.
É mestre em Ciências da Comunicação, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, em Lisboa, desde 1999, e licenciada em Jornalismo Internacional, pela Escola Superior de Jornalismo, no Porto, desde 1993, com a monografia «Cinema, televisão e jornalismo – um olhar sobre a ficção e a realidade».
Foi jornalista no semanário “Vida Económica”, entre 1992 e 1996. Antes, foi professora de Jornalismo do Ensino Secundário no Porto, em Peniche e nas Caldas da Rainha.

Pintura de Fernando Rebelo


A Galeria Minerva convida para a inauguração da exposição de pintura
(óleos, acrílicos e aguarelas)

de FERNANDO REBELO

no sábado, dia 22 de Outubro, às 18 horas, na Galeria Minerva, Rua de Macau, 52, em Coimbra.

A exposição pode ser visitada até ao próximo dia 17 de Novembro de 2005, de segunda a sábado das 10 às 13 e das 14h30 às 20 horas.

Media & Jornalismo: Comunicação política

Neste número pode ler-se:

"Evitar a palavra tortura. Os media norte-americanos
e o enquadramento político de Abu Ghraib"
Lance Bennett, Regina G. Lawrence e Steven Livingston

“Quem tem medo do infotainment?”
Kees Brants

A campanha presidencial de 2001 na televisão, revisitada: análise comparada do serviço público e dos canais privados
Estrela Serrano

A comunicação do poder ou o poder da comunicação
Susana Salgado

A construção da imagem pública e a disputa de sentidos na mídia: Lula em dois momentos
Luísa Luna e Rousiley Maia

segunda-feira, outubro 17, 2005

Trilogias Líricas pela autora















Desde a elaboração do segundo livro de poesia (Tempo de Bruma) que venho sentindo, por vezes, dificuldade em enformar no verso a ideia poética, tão sôfrega em se libertar das peias de habituais registos formais, e encontrar uma nova forma estética para dar voz à criação lírica.
Relendo, de então para cá os poemas publicados, ao evocar ideias e sentimentos ligados par sempre às sendas por onde o poema germinou e fez caminho; ao vivenciar esses estados e tempos emocionais a eles ligados, interroguei-me: - "Porque não fazer ouvir as cores, nuances, ritmos e música... através de uma renovada expressão?!... Porque não os revisitar, redizendo-os em novas cadências e nova roupagem?..."
Desta experiência, muito gratificante para mim, nasceram alguns trechos em 'prosa', dez dos quais são aqui publicados. A esses poemas que mais intensa e significativamente apelaram a esta nova forma de "dizer", pertencem os excertos que apresentamos como epígrafes ou aberturas semânticas aos novos textos.

Os trinta e seis poemas que integram o livro foram reunidos em doze grupos, de três poemas cada, segundo os elementos temáticos comuns: - Marinhas, A Casa, Destino, Cântico em Dó, Tagoreanas, Nostalgias, Página em Branco - Variações em três registos -, Do Tempo, do Amor e da Morte, Poema para uma Guerra e Rostos de Crianças.

TRILOGIAS LÍRICAS
— neste universo simbólico do três, prosa ou verso, silêncios e vozes, misturam-se, entrecruzam-se, numa tessitura polifónica e inter(intra)textual, nem sempre explícita mas sempre a respirar e a alimentar este processo de auro-imitação (?) e circularidade narcísica.

Maria Lucília Mercês de Mello
Coimbra, Fevereiro de 2005
Foto: Paula Almeida

domingo, outubro 16, 2005

Mensagens – poemas do sim do não e do tanto faz

Da esquerda para a direita, Delfim Leão, Isabel de Carvalho Garcia,
Horácio Pina Prata, Anabela França Pais, Mário Nunes e José Ribeiro Ferreira


Com o lançamento do livro
“Mensagens – poemas do sim do não e do tanto faz”


Minerva recomeça sessões culturais
das terças-feiras


Recomeçaram esta semana as sessões Terças-Feiras de Minerva, depois do habitual interregno de Verão. A primeira sessão foi dedicada à poesia, com a apresentação do livro de Anabela França Pais, “Mensagens – poemas do sim do não e do tanto faz”. Estiveram presentes os vereadores Mário Nunes e Horácio Pina Prata, bem como o recentemente eleito, Luís Providência, tendo a apresentação do livro estado a cargo de Delfim Leão, director do Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

“Mensagens – poemas do sim do não e do tanto faz” parece remeter para o processo como boa parte dos poemas que o integram foram criados, referiu Delfim Leão. Efectivamente, pela leitura se depreende a forma “quase lúdica, com um divertimento quase pueril”, com que a autora escreve a sua poesia.

“Talvez não seja por acaso que nos aparece numa das gravuras um telemóvel, ancorando-nos à actualidade em que, de facto, o trocar mensagens se tornou num processo quase instintivo”, referiu. “Talvez na génese de alguns poemas, esse acto de partilha e de resposta imediata tenha que ver com aquilo que aqui nos aparece”.

Mas não é apenas de mensagens que o texto trata, “mensagens do sim, do não e do tanto faz, e não há-de ser indiferente que assim seja”, afirmou Delfim Leão. “Poderia dizer-se que o sim corresponde à ilusão, ao encanto, à aposta e à crença em alguma coisa”. Já o não “corresponde à negação disso mesmo, ou seja, ao desencanto, à desilusão”.

Mas no livro de Anabela França Pais não ficamos por aqui, já que ela sugere também poemas do tanto faz. Para Delfim Leão, das três hipóteses, “esta é talvez a mais marcante e a mais problemática, porque o tanto faz é o espelho da indiferença. É quando alguma coisa na qual nos empenhamos e acreditamos, a partir de certa altura, nos deixa indiferentes”.

Delfim Leão destacou ainda alguns mitos da cultura clássica abordados no livro, como o de Cupido e Psique, “um dos mais belos” que nos chegou da antiguidade.

A iniciativa contou ainda com as intervenções de Isabel de Carvalho Garcia, José Ribeiro Ferreira, que leu alguns poemas da obra, Horácio Pina Prata e Mário Nunes. Pina Prata destacou a importância da aposta nos jovens enquanto potencial de desenvolvimento da cidade e do concelho, enquanto Mário Nunes, mais uma vez, se congratulou pela realização de sessões culturais como esta, que encheu de espectadores o espaço da Livraria Minerva.

A sessão terminou com a leitura de alguns dos poemas do livro por dois elementos do Grupo Thíasos, do IEC/FLUC.

Anabela França Pais é natural de Coimbra e professora de inglês e português, e está a frequentar o mestrado em Literatura Portuguesa na FLUC. Reside em Ceira, facto que inspira alguns dos seus poemas.

Com esta sessão as Terças-Feiras de Minerva regressam quinzenalmente com a variedade de temas que sempre as caracterizaram: ciência, literatura, história, arte, entre outros.

Foto: Paula Almeida

sábado, outubro 15, 2005

Magia para todas as idades








Fotos: Paula Almeida

sexta-feira, outubro 14, 2005

Noite mágica na Livraria Minerva


Mais uma vez a Livraria Minerva (Rua de Macau 52, Bairro Norton de Matos) vai abrir as suas portas na sexta-feira, à meia-noite, a hora mágica para todos os fãs do pequeno feiticeiro, em que será colocado à venda o sexto capítulo em português da história mais fantástica dos últimos tempos: “Harry Potter e o Príncipe Misterioso”.

Voldemort está mesmo de volta! Esta é a terrível confirmação que agita o início do sexto ano na escola de feitiçaria de Hogwarts.

O crescente poder maléfico de Voldemort, e do seu vasto exército de Devoradores da Morte, é cada vez mais visível, não só no mundo da Magia como no mundo dos Muggles.

Agora, mais do que nunca, é necessário reunir forças para combater o mal, e, para isso, Harry e Dumbledore visitam o passado misterioso de Voldemort, e o coração da magia negra, e desvendam alguns segredos verdadeiramente espantosos.

Mas são muitos mais os enigmas que Harry terá de resolver, entre eles, um muito em especial - quem é o príncipe misterioso a quem pertenceu o livro sobre poções que Harry recebeu e que revela conhecimentos poderosíssimos e letais?

Poderá contar com ele como aliado ou será mais um inimigo a vencer? Neste penúltimo livro da série, as forças são testadas até ao limite, e Harry terá de apelar a toda a sua coragem e determinação para prosseguir na luta contra o poderoso senhor das trevas!.... Será que vai conseguir?

Para ficar a conhecer o desfecho de mais esta aventura, pode desde já fazer a sua encomenda através do telefone 239 716204.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Lançamento


As Edições MinervaCoimbra convidam
para o lançamento do livro de poesia

TRILOGIAS LÍRICAS

de Maria Lucília Mercês de Mello.

A apresentação será feita pela Prof. Doutora Cristina Robalo Cordeiro.

A sessão realiza-se dia 15 de Outubro, pelas 15h30,
na Casa Municipal da Cultura,
Rua Pedro Monteiro, em Coimbra.

domingo, outubro 09, 2005

Tertúlia sobre arte na Minerva


A Galeria Minerva organizou uma Tertúlia para reflexão sobre a arte a nível nacional e internacional, no âmbito de uma exposição internacional de pintura que estará patente até ao próximo dia 19 de Outubro. Na mostra poderão ser apreciadas telas de Angel Moreno (Espanha), Carlos Pulido (Peru), Elsa Brocate (Espanha), Franco Momo (Argentina),Fernando Villegas (México), Jaime Pons (Espanha), Lena Gal (Portugal), Lúcia Fontão (Espanha), Maria Antónia Sanchez (Espanha), Pilar Bamba (Espanha), Susana Momo (Argentina) e Teresa Munoz (Espanha).

A Tertúlia contou, entre outros, com a participação de Paulino Mota Tavares, António Menano, Colette Vilatte, Isabel Dias, Pedro Olayo (Filho), Rui Cunha, Santiago Ribeiro e Pinho Dinis, e o crítico de arte Telo de Morais.

Numa reflexão sobre o actual panorama da arte em Portugal, Telo de Morais referiu ser uma área em não há limites, e que apesar de se fazerem muitas coisas novas, “nem tudo é inovador”. Insurgindo-se contra algumas instalações, o crítico de arte considerou que actualmente a arte se encontra numa encruzilhada, onde ninguém sabe para que lado está virado.

Em jeito de resposta, Paulino Mota Tavares, outros dos participantes no debate, referiu que “o caos pode ser o princípio da mudança” e que “é o momento do caos que nos mostra para onde nos podemos projectar”. E é isso, afirmou, “que se espera dos artistas plásticos”.

Debatendo o estado da pintura em Portugal, os presentes reconheceram o excesso de pintores no país, actualmente, mas, contrariamente, um período de grande dificuldade por parte das galerias.

Em relação a isto, Isabel de Carvalho Garcia, proprietária da Galeria Minerva, recordou que para que as galerias invistam, tem de haver compradores, o que nem sempre acontece. O que se verifica muitas vezes, referiu, “é que as pessoas vão comprar a Lisboa e ao Porto”.

Sublinhando a necessidade de se promover uma crítica qualificada, que diferencie e não que coloque todos os artistas no mesmo patamar de qualidade, a discussão continuou em torno da cidade de Coimbra e da dificuldade que os artistas plásticos sentem em se estabelecerem aqui, tendo sido muitos os que optaram por partir. No entanto, os presentes salientaram que estão a sair muito bons artistas da ARCA/EUAC, em Coimbra, os quais é preciso apoiar.

Dado o êxito da iniciativa, a Galeria Minerva irá promover durante o mês de Março um ciclo de debates dedicados à arte.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Terças-Feiras de Minerva



Recomeçam na próxima terça-feira, dia 11, as Terças-Feiras de Minerva, depois do habitual interregno de Verão.

A primeira sessão será dedicada à poesia, com a apresentação do livro de Anabela França Pais, “Mensagens – poemas do sim do não e do tanto faz”, pelo Prof. Doutor Delfim Ferreira Leão.
A sessão decorre às 21h30, na Livraria Minerva, no Bairro Norton de Matos, Rua de Macau 52, em Coimbra, e inclui a leitura de poemas por elementos do Grupo Thíasos.

Com esta sessão as Terças-Feiras de Minerva regressam quinzenalmente com a variedade de temas que sempre as caracterizaram: ciência, literatura, história, arte, entre outros.

sábado, outubro 01, 2005

Tertúlia na Galeria Minerva

A Galeria Minerva tem o gosto de convidar V. Exa. a visitar a exposição internacional de pintura que estará patente até ao próximo dia 19 de Outubro.

Poderão ser apreciadas telas de Angel Moreno ( Espanha), Carlos Pulido (Peru), Elsa Brocate (Espanha), Franco Momo (Argentina),Frenando Villegas (México), Jaime Pons (Espanha), Lena Gal (Portugal), Lúcia Fontão (Espanha), Maria Antónia Sanchez, MARU,(Espanha), Pilar Bamba (Espanha), Susana Momo (Argentina), Teresa Munoz (Espanha).

Sábado, dia 8 de Outubro, pelas 18 horas, haverá uma Tertúlia com os pintores portugueses: António Menano, Colette Vilatte, Isabel Dias, Mário Silva, Pedro Olayo (Filho), Rui Cunha, Santiago Ribeiro, Pinho Dinis, Vasco Berardo e o crítico de arte Telo de Morais. Nesta Tertúlia será feita uma reflexão sobre a arte a nível nacional e internacional.